Os efeitos para a Alliar com a renúncia do CEO

A Alliar (AALR3) anunciou a renúncia do CEO Ricardo Dupin, e que a CFO Karla Maciel deve acumular o cargo interinamente, com efeito imediato. 

As razões para a saída de Dupin não são claras e o movimento ocorre em um momento muito ruim para a Alliar, após muitas mudanças na liderança e durante uma alteração de propriedade e governança corporativa.

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Ricardo Dupin assumiu a presidência após a saída de Fernando Terni em outubro de 2021, que havia retornado à Alliar após alguns anos para substituir o ex-presidente Sami Foguel, que saiu para assumir a diretoria da divisão de saúde da Porto Seguro.

Sendo assim, o Safra divulgou um relatório de atualização para as ações da companhia, acompanhada pelo banco na B3, a bolsa de valores brasileira.

A instituição estipulou classificação neutra para os papéis da Alliar, pois a mudança no controle e, consequentemente, a potencial oferta pública de aquisição, permanece indefinida.

Além disso, o banco explica que a gestão da empresa parece ficar cada vez mais complexa após sucessivas mudanças em posições essenciais.

A nova CEO, por sua vez, ingressou na Alliar em abril de 2021 e é formada em Administração de Empresas e Contabilidade pela Universidade Federal do Rio Grande, pós-graduada pela Universidade de Cambridge e MBA em Finanças pelo Insper.

Antes de ingressar na Alliar, ela havia trabalhado como CFO no Opty, um hospital oftalmológico.

Mudança de controle da Aliar

No final de 2021, a Alliar informou que um fundo de propriedade de Nelson Tanure assinou contrato com seus acionistas controladores para adquirir até cerca de 62,4 milhões de ações.

Como os acionistas vendedores podem decidir quantas ações vender nesta oferta, ainda não é certo se uma oferta pública será necessária ou não para todos os acionistas minoritários.

Conforme o Safra, a assimetria de risco parecia complicada, com um potencial de alta de cerca de 15% em um cenário de oferta pública, mas uma desvantagem desconhecida no caso de nenhuma oferta pública (a ação estava sendo negociada abaixo de R$ 13 antes da oferta de R$ 20,50 pelos acionistas controladores).

O fundo em questão atualmente detém 26,91% das ações da Alliar, enquanto o bloco de controle detém 52,75% das ações.

Caso todos os acionistas optem por vender imediatamente sua participação, Tanure ficará com 79,66% do capital e será obrigado a fazer uma oferta pública de aquisição de ações a todos os acionistas minoritários de acordo com as regras do Novo Mercado.

No entanto,o Safra lembra que os vendedores são livres para retirar as ações do contrato sem qualquer penalidade.

O contrato também permite que os acionistas vendedores optem por uma opção de venda sobre o fundo a ser exercida no segundo aniversário do contrato pelo mesmo preço atualmente ofertado acrescido de juros.

Portanto, ainda não é possível ter certeza de que uma oferta pública será necessária. O negócio também estará sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Vale a pena investir na Alias?

• O diagnóstico remoto de 3P é interessante, mas ainda não é um fator crítico para a ação.

Quais os riscos ao investir na Alliar? 

• Mercado de diagnóstico tem barreiras de entrada mais baixas e mantém menos fidelidade do paciente e do médico do que unidades de cuidados de alta complexidade.

Sobre a Alliar

A Alliar Médicos à Frente é a segunda maior empresa de diagnósticos por imagem do Brasil.

A empresa tem um parque tecnológico composto por mais de 120 equipamentos de ressonância magnética, mais de 50 tomógrafos e mais de 350 ultrassons, entre outros, distribuídos em 118 unidades de atendimento que estão estrategicamente posicionadas em 42 cidades de 10 Estados.

Atualmente, com mais de 5 mil colaboradores e aproximadamente 900 médicos prestadores de serviço, a companhia distingue-se pela qualidade dos seus serviços.

A missão do Alliar é unir tecnologia a empreendedorismo e inovação para levar excelência médica em diagnósticos de saúde para todas as regiões do Brasil.