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Com alta do juro, CDBs lideram novos produtos de renda fixa na B3

Certificados de Depósito Bancário somaram estoque de R$ 1,6 trilhão no 1º semestre, ajudando os registros de produtos emitidos por instituições financeiras a crescerem 24%

Perspectiva de baixo para cima da sede da B3, onde são registrados os CDBs, em São Paulo

Emitidos por instituições financeiras, os CDBs são boas opções de investimento em momento de juro alto e incerteza política | Foto: Divulgação

Puxado pelos Certificados de Depósito Bancários (CDBs), a B3, bolsa de valores brasileira, identificou aumento em base anual de 24% no registro de produtos de renda fixa emitidos por instituições financeiras no primeiro semestre.

Além dos CDBs, o leque de produtos inclui Recibos de Depósito Bancário (RDBs), Depósito Interfinanceiro (DI), Letra Financeira (LF), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra Imobiliária Garantida (LIG). No total, os ativos fecharam o semestre com estoque de R$ 3,2 trilhões.

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Os CDBs foram os títulos com maior volume registrado no semestre e, em junho de 2022, somavam R$ 1,6 trilhão de estoque, número 13% maior do que no mesmo período do ano anterior.

Em um momento de alta da taxa básica de juros, a Selic, os CDBs emitidos por instituições financeiras confiáveis se tornam uma boa e segura opção ao investidor que quer garantir rentabilidade mensal acima de 1% e não se arriscar na renda variável.

Além dos CDBs, as letras de crédito imobiliário e do agronegócio (LCI e LCA), mais do que dobraram os seus registros ao longo do semestre e somaram R$ 448 bilhões de estoque, sendo R$ 180 bilhões de LCI e R$ 268 bilhões de LCA, respectivamente, 56% e 74% acima do mesmo período do ano anterior.

“Além do aumento do interesse dos investidores pelos ativos de renda fixa, devido aos consecutivos aumentos na taxa básica de juros, a LCI e LCA tiveram grande destaque no período pela disponibilidade de lastro, com incentivos para financiamentos a setores específicos da economia, como o agronegócio e o mercado imobiliário. O atrativo para o investidor é que são papéis isentos de Imposto de Renda”, explica Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.

A Letra Financeira, título que capta recursos de longo prazo, contabilizou aumento de 80% nos registros em comparação ao ano passado. O estoque do produto em junho era de R$ 408 bilhões, 23% superior ao mesmo período de 2021.

A LIG foi outro produto que despertou o interesse dos investidores. O título, lastreado por créditos imobiliários, atingiu pela primeira vez o patamar de R$ 65 bilhões de estoque.

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