Com alta do juro, CDBs lideram novos produtos de renda fixa na B3
Certificados de Depósito Bancário somaram estoque de R$ 1,6 trilhão no 1º semestre, ajudando os registros de produtos emitidos por instituições financeiras a crescerem 24%
10/08/2022Puxado pelos Certificados de Depósito Bancários (CDBs), a B3, bolsa de valores brasileira, identificou aumento em base anual de 24% no registro de produtos de renda fixa emitidos por instituições financeiras no primeiro semestre.
Além dos CDBs, o leque de produtos inclui Recibos de Depósito Bancário (RDBs), Depósito Interfinanceiro (DI), Letra Financeira (LF), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra Imobiliária Garantida (LIG). No total, os ativos fecharam o semestre com estoque de R$ 3,2 trilhões.
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Os CDBs foram os títulos com maior volume registrado no semestre e, em junho de 2022, somavam R$ 1,6 trilhão de estoque, número 13% maior do que no mesmo período do ano anterior.
Em um momento de alta da taxa básica de juros, a Selic, os CDBs emitidos por instituições financeiras confiáveis se tornam uma boa e segura opção ao investidor que quer garantir rentabilidade mensal acima de 1% e não se arriscar na renda variável.
Além dos CDBs, as letras de crédito imobiliário e do agronegócio (LCI e LCA), mais do que dobraram os seus registros ao longo do semestre e somaram R$ 448 bilhões de estoque, sendo R$ 180 bilhões de LCI e R$ 268 bilhões de LCA, respectivamente, 56% e 74% acima do mesmo período do ano anterior.
“Além do aumento do interesse dos investidores pelos ativos de renda fixa, devido aos consecutivos aumentos na taxa básica de juros, a LCI e LCA tiveram grande destaque no período pela disponibilidade de lastro, com incentivos para financiamentos a setores específicos da economia, como o agronegócio e o mercado imobiliário. O atrativo para o investidor é que são papéis isentos de Imposto de Renda”, explica Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.
A Letra Financeira, título que capta recursos de longo prazo, contabilizou aumento de 80% nos registros em comparação ao ano passado. O estoque do produto em junho era de R$ 408 bilhões, 23% superior ao mesmo período de 2021.
A LIG foi outro produto que despertou o interesse dos investidores. O título, lastreado por créditos imobiliários, atingiu pela primeira vez o patamar de R$ 65 bilhões de estoque.