close

Americanos ajudaram Carlos Ghosn a fugir

Dois americanos confessam ter ajudado o ex-CEO da Nissan a fugir do Japão a bordo de um jato particular, no final de 2019

fuga do japão

Ghosn, que estava em Tóquio enquanto aguardava julgamento por acusações de má conduta financeira na Nissan, hoje mora no Líbano | Foto: Divulgação

Os americanos Michael Taylor e Peter Taylor se confessaram culpados nesta segunda-feira, 14, de ajudar o ex-CEO da Nissan Carlos Ghosn a fugir do Japão a bordo de um jato particular, no final de 2019.

Michael e seu filho Peter foram presos nos Estados Unidos em maio de 2020 e extraditados para o Japão em março deste ano. Os dois são acusados de ajudar na fuga de um criminoso, crime que acarreta pena máxima de três anos de prisão.

Ghosn, que estava em Tóquio enquanto aguardava julgamento por acusações de má conduta financeira na Nissan, hoje mora no Líbano, país que não tem um tratado de extradição com o Japão. Ele diz que é inocente e que fugiu do Japão por não ter tido acesso a um julgamento justo.

Justiça holandesa cobra multa por fraude

O ex-presidente do grupo automobilístico franco-japonês Renault-Nissan, Carlos Ghosn, acusado de fraude, terá de devolver 5 milhões de euros (cerca de US$ 6 milhões) à aliança Nissan-Mitsubishi, segundo decisão da justiça holandesa em maio deste ano. O valor foi pago a ele em salários.

Em nota, um tribunal de Amsterdã explicou que o dirigente foragido não tinha direito às quantias recebidas “porque não havia contrato entre ele e a empresa”, que é controlada por uma companhia holandesa.

Ghosn exigiu no tribunal holandês o pagamento de 15 milhões de euros (cerca de US$ 18 milhões) por suposta demissão ilegal. Em troca, o tribunal determinou que é Ghosn quem deve pagar à Nissan-Mitsubishi.

O ex-ecutivo é procurado pelos tribunais do Japão, de onde fugiu no fim de 2019 para o Líbano enquanto estava sob fiança e aguardava julgamento por suposto desfalque financeiro na Nissan.

O franco-libanês-brasileiro, sobre quem pesa um pedido de prisão da Interpol, permanece fora do alcance da justiça japonesa porque o Líbano não extradita seus nacionais. No entanto, a justiça libanesa o proibiu de deixar o país. (Com AE)

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra