A mineradora Aura Minerals registrou resultados operacionais sequencialmente melhores no primeiro trimestre de 2024, com EBITDA de US$ 53 milhões, um aumento de 30% em relação ao trimestre anterior e 10% acima da previsão do Banco Safra e do consenso de US$49 milhões.
A batida foi principalmente devido a preços mais altos de ouro e menor custo de caixa e despesas operacionais por GEO.
O custo caixa diminuiu 7% em relação ao trimestre anterior, para US$ 1.003/GEO (+7% em relação ao ano anterior), uma vez que o menor custo caixa de US$ 740/GEO em Apoena (-34% em relação ao trimestre anterior) – que foi ajudado por melhorias no processamento da mina – e a queda no custo caixa de Almas para US$ 1.151/GEO (-23% em relação ao trimestre anterior) devido a ganhos de produtividade mais do que compensaram o aumento de 10% em Aranzazu (US$ 926/GEO), impactado por uma pior conversão de produto de cobre em minérios equivalentes a ouro.
Alocação de capital
Aura reportou capex de US$30 milhões (+269% em relação ao trimestre anterior e -3% em relação ao ano anterior), principalmente devido à construção do projeto Borborema.
O capex anualizado do 1T24 ficou aquém do guidance de capex da empresa de US$188 milhões-US$219 milhões para 2024, mas acreditamos que um aumento de capex ocorrerá nos próximos trimestres.
A dívida líquida/EBITDA atingiu 0,70x no 1T24, acima dos 0,64x no 4T23, acompanhando o aumento da dívida líquida para ~US$105 milhões (aumento de ~US$20 milhões em relação ao trimestre anterior) com maior crescimento de capex.
Visão geral das operações da Aura Minerals
Os embarques totais aumentaram 28% em relação ao 1T24, atingindo 69 mil GEOs, e acima da produção devido ao maior consumo de estoques em Apoena (EPP).
Os preços realizados de ouro aumentaram 4% com relação ao trimestre anterior e 10% com relação ao ano anterior, atingindo US$ 2.070/oz. A forte receita, juntamente com uma estratégia eficaz de controle de custos, levou a Aura a entregar resultados sólidos no trimestre.