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C&A tem perspectiva de valorização de 35%

Banco Safra inicia cobertura da ação de C&A com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 12,5 por ação


O Banco Safra iniciou a cobertura de C&A (“CEAB”) com uma recomendação de Compra e um preço-alvo de 12 meses de R$12,5/ação. 

A visão otimista do Safra com relação ao nome é fundamentada em três pilares:

  • (i) eficiência – a renovação começou a dar frutos e continuará dando;
  • (ii) crédito ao consumidor – o portfólio de crédito continuará crescendo e representando um impulsionador das vendas; e
  • (iii) expansão – esperamos que a companhia retome o crescimento de sua presença geográfica.

Com relação à avaliação, o preço-alvo oferece potencial de valorização de 35%, apesar do desempenho recente da ação (+18% no ano e +261% em 12 meses), à medida que eficiência e crescimento (vendas das mesmas lojas e novas lojas) adicionarem valor à tese de investimento. 

O Safra espera que a companhia registre EBITDA de R$1,277bi em 2024 e R$1,472bi em 2025, 20% e 15% acima do consenso, respectivamente. 

A C&A é negociada a um VF/EBITDA 2025 de 4,1x, vs. 5,1x de LREN e 5,4x de GUAR.

Perspectivas para o setor. A C&A superou o desempenho de seus pares em 2023, com crescimento de 7% nas receitas (venda de mercadorias) ante o ano anterior, vs. 1% de Renner e 4% de Guararapes. Acreditamos que essa diferença seja atribuída principalmente às iniciativas para aumentar a conversão de vendas nas lojas e à política de concessão de crédito – o C&A Pay registrou crescimento de 71% no portfólio total, ante quedas de 3% de Realize e 7% de Midway. Destacamos que a oferta de crédito total representa atualmente 28% das vendas, em comparação com 22% das vendas financiadas no 4T22 pelo C&A Pay e Bradescard, que está sendo descontinuado. Quanto à perspectiva para 2024, esperamos aumento nas vendas do varejo e melhora no desempenho das soluções de crédito (juros em tendência de queda no Brasil).

Iniciativas de renovação em curso. Nos últimos dois anos, a C&A investiu pesadamente em logística, tecnologia e seu centro de distribuição para aumentar a eficiência de vendas e as margens (planejamento das operações): as vendas de vestuário cresceram 11% ante o ano anterior e a margem bruta aumentou 144 p.b. em 2023. A companhia conseguiu sustentar sua estrutura de despesas de VG&A mantendo seu crescimento abaixo da inflação desde 2019. Esperamos aumento das margens de seu segmento de fashiontronics, que terá maior exposição a produtos de beleza do que a eletrônicos. Essas iniciativas em conjunto devem continuar sustentando a expansão da margem EBITDA da companhia para 19% em 2026 de 16% em 2023.

Crédito como facilitador do crescimento das vendas. Esperamos que a oferta de crédito próprio continue sustentando o crescimento do segmento de vestuário, à medida que sua penetração nas vendas aumentar. Projetamos que o C&A Pay representará 35% das vendas até 2025 e contribuirá positivamente para o EBITDA consolidado até o fim de 2024.

Expansão das lojas. Esperamos que a C&A retome seu plano de expansão de vendas em 2025 depois de concluir seu plano de reformas em 2024. Mapeamos o potencial para expansão da presença da C&A cruzando dados sobre shopping centers brasileiros com a atual base de lojas e dados socioeconômicos de cada localidade específica. Como resultado, acreditamos que a C&A poderia expandir sua presença para, no mínimo, 52 novas localidades. Incorporamos em nossos números 15 lojas novas por ano até 2027. Em nossa análise de economia unitária (unit economics), essas lojas têm uma TIR real de 14% e adicionam R$1,0/ação ao nosso preço-alvo.

Atente-se aos riscos:

  • (i) deterioração do negócio de crédito;
  • (ii) execução do plano de abertura de lojas;
  • (iii) perspectiva macroeconômica; e (iv) concorrência.

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