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Fluxo de veículos e tarifas impulsionam resultado da CCR

Com melhor desempenho de receitas e redução das despesas financeiras, o lucro líquido ajustado da CCR aumentou 41,6% em relação ao ano anterior


O desempenho da CCR está melhorando gradualmente, operacional e financeiramente. A empresa divulgou bons resultados no primeiro trimestre de 2024, ligeiramente acima das estimativas do Banco Safra.

A empresa apresentou um sólido aumento de 42% a/a em seu resultado, para R$449 milhões (+5,4% vs. Safra), devido aos bons números de tráfego em todas as suas divisões, combinados com tarifas saudáveis e melhoria em suas despesas financeiras (-6% a/a), atribuíveis à menor taxa de juros.

O Banco Safra reforça a recomendação de Compra para as ações da CCR

O Safra vê a CCR como uma empresa defensiva que possui ativos premium e bem localizados, com receitas previsíveis e fluxos de caixa sustentáveis.

Com base nas estimativas do Safra, a CCR está sendo negociada atualmente a uma TIR real de 11,5%, cerca de 530 pontos-base acima do rendimento dos títulos vinculados à inflação do Brasil (NTN-Bs 2035), atualmente em cerca de 6,2%.

A receita líquida ajustada da CCR (excluindo construção) cresceu 8,5% em relação ao ano anterior, para R$3,7 bilhões. A melhora em relação ao ano anterior é explicada por:

  • (i) aumento de 7,7% na receita de pedágios, para R$2,0 bilhões, impulsionado pelo aumento de 5,8% no volume de tráfego, que foi impulsionado pelo início da cobrança de eixos suspensos; além disso, suas tarifas médias aumentaram 4,3%, seguindo o repasse da inflação no período;
  • (ii) crescimento de 3,3% na receita ajustada de ativos de mobilidade, para R$950 milhões, explicado principalmente pelo aumento de 4,9% no volume de passageiros transportados, além de um aumento de 2.
  • (iii) aumento de 18,2% nas receitas aeroportuárias, para R$507 milhões, explicado principalmente pelo aumento de 7% no volume de passageiros transportados e pelo aumento de 9% nas tarifas médias, além do aumento de 59% em outras receitas, para R$28 milhões, como resultado do ajuste de R$8 milhões nos ativos financeiros da concessão da Aeris.

O EBITDA ajustado da CCR foi de R$2,2 bilhões, +5,9% em relação ao ano anterior (2,4% acima da nossa estimativa), enquanto sua margem EBITDA ajustada caiu 140 pontos-base em relação ao ano anterior, para 60,4%.

A queda anual em sua margem EBITDA é explicada pelo aumento de 10% em relação ao ano anterior em seus custos caixa ajustados, principalmente devido ao aumento de 12,7% em relação ao ano anterior em seus custos de rodovias, para R$653 milhões, que foi impulsionado por uma recuperação de pavimento na MSVias (R$34 milhões) e maiores custos de conservação e manutenção na AutoBAn (R$8 milhões), que resultaram em um aumento de 27% em relação ao ano anterior nos custos de terceiros das rodovias, para R$184 milhões.

Além disso, os custos com pessoal aumentaram 17%, para R$124 milhões, devido a reajustes salariais (+R$6 milhões) e internalização de serviços na rodovia RioSP (+R$4 milhões).

Como resultado do melhor desempenho das receitas e da redução das despesas financeiras, o lucro líquido ajustado da Companhia aumentou 41,6% em relação ao ano anterior, atingindo R$449 milhões.

As despesas financeiras líquidas diminuíram 5,8% entre anos, para R$790 milhões, com a menor taxa de juros no período compensando o crescimento de 11% da dívida líquida entre anos.

O resultado também foi favorecido pela queda de 10% nas despesas tributárias da empresa, que foram de R$308 milhões no 1T24. Enquanto isso, a alavancagem da empresa medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado permaneceu praticamente estável na comparação trimestral, em 3,0x.

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