Nos dias 22 e 23 de janeiro, o banco Safra promoveu a Conferência J. Safra de Varejo e Comércio Eletrônico 2024, com reuniões entre investidores e empresas.
A alta administração de 14 empresas do setor varejista e farmacêutico (Alpargatas, Arezzo, Guararapes, C&A, Grupo SBF, GPA Brasil, Smart Fit, Espaço Laser, Assaí, Magazine Luiza, Casas Bahia, Raia Drogasil, Panvel e Vulcabras) discutiu as perspectivas e oportunidades do setor.
Depois de um 2023 turbulento, com várias discussões relacionadas a questões exógenas e endógenas, como tributação (juros sobre capital próprio e subsídios de incentivos fiscais), curvas de juros, cenário macroeconômico e desempenho de curto prazo específico das empresas, notamos um humor ligeiramente melhor dos investidores em relação ao cenário macro e às perspectivas para o varejo neste ano.
Varejo e farmácias: tributação levanta preocupações
Por outro lado, os investidores ainda estão preocupados com a tributação (subsídios para incentivos fiscais), como cada empresa lidará com a questão e como isso afetará a demonstração de resultados e/ou o fluxo de caixa.
Portanto, o sentimento geral foi predominantemente neutro, já que se espera que a maioria das empresas apresente melhores resultados em 2024 em comparação com 2023, devido a uma perspectiva macroeconômica mais benigna (crescimento do PIB aliado a cortes nas taxas de juros), apesar de alguma incerteza em relação aos incentivos fiscais.
Nossos nomes preferidos dentro de nossa cobertura – que já devem se beneficiar do melhor cenário macroeconômico – que estão sendo negociados com um valuation decente são: SBFG, ASAI, LREN e SOMA. Embora os dois últimos não tenham comparecido à nossa conferência, esperamos que apresentem resultados positivos nos próximos trimestres.