Apoiadores de Trump invadem Capitólio

A Guarda Nacional dos Estados Unidos desocupou o Capitólio, em Whashington, após invasão por manifestantes favoráveis ao presidente Trump, que não aceita a derrota para Joe Biden. 

Os debates na Câmara dos Representantes e no Senado dos Estados Unidos sobre a certificação da vitória de Biden na eleição presidencial foram  interrompidos na tarde desta quarta-feira, 6 de janeiro.

Insulflados pelo presidente, que insiste em não aceitar a derrota para a reeleição, os manifestantes destruíram vidraças e protagonizaram cenas de vandalismo, entrando em choque com policiais. Os congressistas refugiaram-se em suas salas enquanto seguranças tentavam conter os invasores. 

A prefeitura de Whashington decretou toque de recolher.

A Guarda Nacional foi acionada só após o Congresso ter sido invadido e os trabalhos serem interrompidos por horas. O presidente eleito Joe Biden falou ao vivo e pediu que Trump se posicionasse, aceitasse o resultado da eleição e falasse aos seus apoiadores pedindo que também respeitassem a democracia.

Minutos depois o presidente Tump divulgou um vídeo onde reafirmou sua tese de que a eleição foi roubada. Só depois de repetir sua narrativa sem provas, pediu que os seus apoiadores fossem para casa em paz.

Antes da invasão do Capitólio, os legisladores aliados de Trump haviam questionado a certificação dos votos do Arizona.

Trump declarou antes da invasão que nunca admitirá a derrota para Biden. O democrata conquistou 306 votos no Colégio Eleitoral, contra 232 de Donald Trump.

Antes de conseguirem entrar no prédio do Congresso, os manifestantes derrubaram barricadas de metal na parte inferior dos degraus do Capitólio e obrigaram a polícia a fechar o prédio.

Alguns tentaram passar pelos policiais, que, por sua vez, foram vistos atirando spray de pimenta na multidão para mantê-los afastados.

Uma bomba foi encontrada na sede do partido Republicano em Whashington, na mesma tarde  em que a Geórgia confirmou a vitória de dois senadores do partido Democrata.

Logo após o início da sessão do Congresso, os legisladores aliados de Trump questionaram a certificação dos votos do Arizona. Quando há uma objeção, os congressistas realizam um debate que pode durar até duas horas. Por isso, é esperado que a sessão se estenda até a noite.

O vice-presidente americano, Mike Pence, que preside a sessão, declarou em carta enviada aos legisladores que não pode interferir no processo, depois de ter sido pressionado por Trump.

Já o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, disse que as eleições de novembro de 2020 não foram “roubadas” e que não houve fraude disseminada no pleito

(Com AE)