Conta de luz volta a ter bandeira verde e tarifa deve cair 6,5%
Pelas contas de especialistas, redução média na tarifa para o consumidor residencial com volta da bandeira verde será de 6,5%
07/04/2022O Ministério de Minas e Energia confirmou o fim da bandeira escassez hídrica e adoção da bandeira verde na conta de luz a partir de 16 de abril. De acordo com a pasta, com a manutenção das atuais condições de chuva, a perspectiva é de aderir à bandeira verde até o final do ano.
Pelas contas de especialistas, a redução média na tarifa para o consumidor residencial deverá ser de 6,5%. O fim da bandeira extraordinária deve levar também a uma desaceleração do índice de inflação em maio.
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O sistema de bandeiras foi criado em 2015. Na prática, as cores verde, amarela ou vermelha indicam se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz e seu valor. O patamar para maio seria divulgado no dia 29 de abril.
Com os reservatórios das hidrelétricas mais cheios, o governo antecipou a volta da bandeira verde em relação ao prazo originalmente previsto para o fim do mês.
Retorno da bandeira verde deve reduzir conta de luz
“O retorno da bandeira verde resultará em uma redução média de cerca de 20% na conta de luz do consumidor residencial. Isso retrata o compromisso do Governo Federal em garantir o abastecimento energético com competência, segurança e ao menor custo para toda sociedade brasileira”, diz o MME, em um texto bastante semelhante ao divulgado por Bolsonaro nas redes sociais.
Pelas contas do governo, a conta de luz teria redução de cerca de 20% com o fim da cobrança de taxa extra para bancar o funcionamento de termoétricas. Especialistas afirmam, no entanto, que a queda deverá ser diluída com os reajustes tarifários das distribuidoras que serão estabelecidos ao longo deste ano.
A PSR, maior consultoria de energia do País, estima que, em média, esses reajustes serão de 15%. Então, computados os aumentos tarifários em 2022, a redução média na conta de luz do consumidor residencial deverá ser de 6,5%.
Além dos efeitos positivos para os consumidores, o fim da bandeira extraordinária deve levar a uma desaceleração da inflação em maio.
Anunciada em agosto, a bandeira escassez hídrica foi uma das medidas estabelecidas pelo governo em 2021 para evitar falhas no fornecimento de energia em meio a grave crise hídrica. O patamar, que se encerraria em 30 de abril, representa uma cobrança adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kwh). Em um cenário muito diferente, já que choveu o suficiente para garantir a recuperação dos reservatórios, o governo descartou agora a possibilidade de prorrogar a cobrança adicional ou a criação de um patamar extraordinário. (AE)