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Banco Central Europeu confirma novas altas de juros nos próximos meses

Economista-chefe do Banco Central europeu, Philip Lane, afirma que instituição deve elevar os juros "nos próximos vários encontros"

BCE

Inflação desacelerou, mas ainda acumula 9,9% em 12 meses | Foto: Getty Images

Em meio à persistente escalada da inflação na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) deve elevar os juros nos próximos “vários encontros”, afirmou o economista-chefe da instituição, Philip Lane, nesta quarta-feira, 14. Segundo ele, o objetivo da autoridade monetária é conter a demanda e impedir uma escalada nas expectativas de inflação na zona do euro.

Apesar disso, Lane reiterou que as decisões sobre as taxas dependerão dos indicadores econômicos e serão tomadas individualmente a cada reunião. “Reavaliaremos regularmente nossa trajetória de política à luz das informações recebidas e da evolução das perspectivas de inflação”, disse.

Saiba mais

Hoje o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) do Reino Unido anunciou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) estava 9,9% mais alto em agosto do que no ano anterior, ante 10,1% em julho, indicando ligeira desaceleração.

Especialistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam o avanço de 9,9%. Com relação ao mês anterior, os preços subiram 0,5%, abaixo da previsão de analistas de 0,6%. O núcleo do CPI avançou 6,3% na comparação anual, dentro da expectativa dos analistas.

Banco Central Europeu vai elevar juros para conter inflação

A queda do preço dos combustíveis para motores foi a maior contribuição descendente para a variação das taxas de inflação anuais entre julho e agosto de 2022, afirma o ONS. Já o aumento nos alimentos foi o que mais contribuiu para cima na variação das taxas, aponta.

A produção industrial da zona do euro sofreu queda de 2,3% em julho ante junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.

O resultado ficou bem abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam recuo de 0,7% na produção de julho. Na comparação anual, a produção industrial do bloco recuou 2,4% em julho, frustrando o consenso do mercado, que era de acréscimo de 0,8%.

A Eurostat também revisou os números de produção industrial de junho, para ganho mensal de 1,1% e avanço anual de 2,2%. (AE)

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