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Tripulação e cargueiro estão até hoje no Canal de Suez

Quase um mês depois da liberação da rota comercial, os 25 tripulantes do Ever Given continuam proibidos de deixar a embarcação

O navio Ever Given

Mesmo depois de desencalhado, cargueiro permanece no Canal de Suez a espera de fim de impasse legal | Foto: Getty Images

Quase um mês depois da liberação do Canal de Suez pelo navio Ever Given, os 25 tripulantes do navio que obstruiu a passagem da rota comercial por seis dias continuam proibidos de deixar a embarcação confiscada pelo Egito.

De acordo com informações da BBC, a tripulação composta por indianos está refém de um “impasse” milionário que pode se arrastar “por anos” entre as autoridades egípcias e a Evergreen Marine, empresa taiwanesa que aluga porta-contêineres da holding japonesa Shoei Kisen Kaisha.

Os tribunais egípcios concordaram com a imposição dos responsáveis pelo Canal de Suez de manter o navio confiscado, ancorado no Largo Amargo, com os profissionais embarcados até que seja pago quase US$ 1 bilhão pela operação de desencalhe e pela “perda de reputação” da rota comercial.

Bode expiatório

O noticiário indiano transmitiu a preocupação do Indian Boater’s Union (sindicato que representa a equipe do Ever Given) de que a tripulação possa ser usada como “bode expiatório”, mencionando prisão domiciliar.

Abdulgani Serang, do sindicato, disse à BBC que, embora o navio tenha sido apreendido por ordem dos tribunais egípcios, não foram levantadas dúvidas sobre o profissionalismo da equipe.

O presidente do Canal de Suez, Osama Rabie, assegura que “o canal nunca foi fechado por causa de mau tempo”. Ele também descartou que o tamanho de 400 metros do Ever Given justifique o incidente.

“Cargueiros maiores cruzam o mesmo trecho sem problemas”, afirmou Rabie à BBC.

O encalhe do Ever Given no Canal de Suez

O Ever Given encalhou no Canal de Suez em 23 de março e liberou a passagem quase uma semana depois.

O bloqueio desorganizou as cadeias de abastecimento globais, sujeitou empresas a atrasos onerosos e quase dobrou as taxas para os navios petroleiros.

Pelo menos 369 navios ficaram no congestionamento, incluindo dezenas de navios porta-contêineres, graneleiros, petroleiros e navios de gás natural liquefeito (GNL) ou gás liquefeito de petróleo.

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