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Elie Horn, da Cyrela, aposta em tecnologia e filantropia

Entrevista especial promovida pelo Safra e pelo Estadão foi transmitida ao vivo, pelo canal do banco no YouTube. Assista

Com 60% de seu patrimônio doado a instituições de caridade, Elie Horn é um dos líderes da filantropia no Brasil

O Banco Safra promoveu nesta terça-feira, 8, mais um episódio da série de entrevistas especiais Cenários, tendo como convidado o investidor e fundador da construtora Cyrela (CYRE3), Elie Horn.

A conversa foi conduzida pela jornalista Sônia Racy, do Estadão, que é parceiro do Safra na realização das lives.

A transmissão ao vivo e aberta aconteceu pelo canal do Banco Safra, no YouTube, e pode ser assistida pelo vídeo no canto superior à direita.

No encontro, Elie Horn destacou a importância do empresariado ter liberdade e segurança para investir no Brasil, além de apontar a tecnologia como o grande vetor de crescimento.

“A tecnologia é o futuro, não tem outra solução. Quem está fora (desse mundo), perde a chance”, disse.

O empresário falou sobre algumas de suas ações sociais, grande parte custeadas com a doação de 60% de seu patrimônio e também indicou o termômetro do mercado imobiliário.

Tecnologia

Perguntado sobre como reinveste a parcela de seu patrimônio que não está dedicada à filantropia, Horn disse colocar em seu radar segmentos de fora da construção civil, uma vez que a Cyrela é autossuficiente e não carece de seus aportes.

Horn elencou organizações e fundos que tenham propósitos sociais, como a gestão de hospitais, por exemplo, como pontos de investimento.

Adicionalmente, o empresário colocou a tecnologia como protagonista e grande vetor de crescimento para os próximos anos. Atualmente, Horn investe na fintech CashMe e na escola de tecnologia ITuring.

“Tecnologia é o futuro do mundo. Eu penso em investir mais na tecnologia. Meu filho mais novo está estudando e aprendendo. A hora em que ele aprender, vamos investir mais”.

Mercado imobiliário

Mesmo com a pandemia de covid-19, na visão de Horn o mercado imobiliário se encontra em uma fase muito boa, tanto para quem constrói, quanto para quem compra.

“Começamos com um pouco (em 2020) de crise, entre março e julho. De agosto para cá, a coisa deslanchou e está indo muito bem. Até quando, não sei, mas está indo muito bem”.

Para ele, o bom momento é resultante da soma de fatores macroeconômicos, com “muito dinheiro disponível para investimento” – em referência ao crédito – e taxa de juros ainda em um patamar baixo.

Porém, o empresário acredita que o momento seria ainda mais próspero no setor se houvesse mais liberdade econômica e menos “brigas” políticas.

“Se o empresariado tivesse um pouco mais de liberdade, teria feito ainda melhor. Melhoramos muito, mas falta muito ainda”, disse Horn.

Missão filantrópica de Elie Horn

Tendo se comprometido a doar 60% de seu patrimônio a obras de caridade, o empresário se tornou um dos filantropos mais conhecidos do Brasil.

Ele foi o primeiro executivo brasileiro a se unir ao The Giving Pledge, iniciativa criada em 2010 pelos bilionários Bill Gates e Warren Buffet que busca conscientizar magnatas de todo o planeta a doar, ao menos, 50% de todo o seu patrimônio ao longa da vida a causas sociais.

Segundo Elie Horn, a veia da benemerência faz parte de sua cultura familiar. “Meu avô, que eu não conheci, em 1914, levantou recursos na Inglaterra para ajudar 3 mil órfãos na Síria a sobreviverem. Meu pai, quando tinha 40 anos, doou 100% daquilo que ele tinha para a caridade. Achei que a lição era muito boa e não podia ficar longe”.

Hoje, o fundador da Cyrela divide a sua rotina entre o esporte (pratica ginástica todas as manhãs), a filantropia e o trabalho. “O que precisamos é aprender a dar, ter o gosto de dar, e ter a obrigação moral de dar. Abrir mão de si para ajudar os outros. Este é o segredo”.

Outras entrevistas da série Cenários podem ser assistidas por este link, no canal do Safra.

Sobre Elie Horn

Nascido em Alepo, capital da Síria, Elie Horn migrou para o Líbano com a família antes de chegar ao Brasil, ao final da década de 1950.

Antes de entrar no mundo imobiliário, foi vendedor de resina impermeabilizante. Depois, passou a trabalhar com compra a venda de imóveis na imobiliária criada por seu irmão.

Com talento para o mercado, fundou em 1962 a construtora Cyrela, que iniciou os negócios em apartamentos residenciais.

Com o tempo, Elie Horn levou a companhia a atuar no mercado de shoppings, prédios comerciais e no mercado de alto padrão.

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