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China e inflação global pesam nos mercados e abalam o Ibovespa

Cenário externo desfavorável pesa nos negócios do Ibovespa, após o Banco mundial revisar crescimento global diante do avanço da inflação

Mercado financeiro

a do início da semana e recua nesta terça-feira | Foto: Getty Images

A desaceleração da economia chinesa aliada a estimativa de inflação global alta fez com que o Banco Mundial revisasse a expectativa de PIB no mundo. Para a instituição, o crescimento econômico no mundo nesse ano deve ser de 3,2%. Até então, a estimativa era de 4.1%.

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, se mostrou “profundamente preocupado” com países em desenvolvimento, que têm enfrentado aumento de preços em energia, fertilizantes e alimentos, além da provável maior pressão inflacionária.

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“Isso, com a guerra na Ucrânia e os fechamentos ligados à covid-19 na China, estão empurrando as taxas de crescimento global ainda mais para baixo e as de pobreza para cima”.

Esse cenário externo desfavorável tem pressionado o Ibovespa. O índice futuro mantém a tendência de queda do início da semana e recua nesta terça-feira 0,28%, a 117.128 pontos.

No mercado à vista, o Ibovespa deve seguir a trajetória de queda com os investidores de olho no cenário externo, que devem pressionar os preços das commodities e com isso os papeis da Vale e Petrobras, que pesam no índice.

O minério de ferro, por exemplo, já inverteu a curva e caiu no mercado chinês. O contrato de minério de ferro mais negociado para setembro na bolsa de commodities de Dalian encerrou as negociações diurnas em queda de 3,3%, a 887 yuans (US$ 139,18) a tonelada, depois de atingir uma alta de duas semanas de 942 yuans no início da sessão.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato mais ativo de maio caiu 2,3%, a US$ 151,35 a tonelada.

Essa inversão da curva na commodity ocorreu depois que o governo chinês anunciou que deverá manter as restrições na produção de aço no país para controlar as emissões e reduzir a inflação ao produtor. Já o petróleo iniciou a sessão em queda com as preocupações em relação ao crescimento mundial e à guerra que se intensifica. O barril do tipo Brent, o referência mundial, cai 2,47% e é negociado a US$ 110,47.

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