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Com alta de 17% na receita, Dasa tem resultados acima do esperado

Crescimento robusto de receita ocorreu principalmente pela divisão de Hospitais e Oncologia; Ebitda da Dasa cresceu 94%

O Safra mantem o rating de compra para Dasa com um preço-alvo de R$32 | Foto: Getty Images

A Dasa (DASA3) reportou resultados sólidos no primeiro trimestre deste ano com crescimento robusto de receita e expansão de margem, principalmente impulsionados pela divisão de Hospitais e Oncologia. O EBITDA ajustado da companhia foi de R$ 511 milhões, alta de 94% no comparativo anual e apenas 2% abaixo das estimativas do mercado.

Além disso, a plataforma Nav continua a oferecer usuários únicos crescentes, atingindo 1,38 milhão de janeiro a março de 2022, ante 1,17 milhão no trimestre imediatamente anterior, pois a empresa continua focando em sua plataforma integrada como forma de aumentar a eficiência do sistema de saúde.

O Banco Safra mantem o rating Compra para DASA3 com um preço-alvo de R$32, pois, segundo o banco, a significativa melhora de margem observada neste trimestre seja sustentada e se beneficie ainda mais dos ganhos de eficiência da integração de negócios recentemente adquiridos.

A receita líquida consolidada foi de R$ 3,13 bilhões, alta de 17% no comparativo trimestral e 3% abaixo das estimativas do Safra. A receita líquida da divisão de Hospitais e Oncologia foi de R$ 1,50 bilhão no período, 36% superior ao quarto trimestre e 94% no comparativo anual, impulsionada pelas recentes aquisições e pelo crescimento orgânico de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.

A empresa ampliou o total de leitos médios no trimestre para 3.353, 22% maior que o quarto trimestre. A taxa de utilização de leitos caiu 61bps em relação ao trimestre imediatamente anterior, para 82,7%, enquanto a taxa de ocupação atingiu 75,6%, alta de 60bps no comparativo trimestral, mas queda de 210bps ano contra ano, refletindo o impacto da onda Omicron, mas menos severa do que no início de 2021.

A Receita Líquida da divisão de Laboratórios de Diagnóstico e Cuidados Coordenados atingiu R$ 1,62 bilhão, alta de 2% no comparativo anula e 4% ante o quarto trimestre, impulsionada por um aumento de 17% ano contra ano no ticket médio, apesar da queda de testes relacionados à covid em uma base anual ( 9,4% da receita bruta no primeiro trimestre ante 6,8% no quarto trimestre e 14,5% de janeiro a março de 2021).

Revisão no setor de saúde

O Banco Safra atualizou as estimativas para os hospitais brasileiros e incorporando as mudanças recentes no cenário macroeconômico.

Para o banco, o setor ainda é uma oportunidade atraente, com tendência de crescimento secular para a saúde, espaço para consolidação e equipes de gestão de alto nível.

O recente aumento no custo de capital pode impactar o valor de projetos de crescimento de longo prazo e os spreads de ROIC em alguns negócios de M&A, especialmente se os preços dos ativos permanecerem elevados.

No entanto, de acordo com o Safra, esses players possuem um histórico sólido e provavelmente continuarão gerando valor para os acionistas por meio de sua execução de alto nível, mesmo em um ambiente macroeconômico mais desafiador.

O banco informou que a ordem de preferência hoje é Dasa (DASA3), pela combinação de valuation atrativo e potencial de crescimento, levando a uma compressão de múltiplos significativa nos próximos anos, Rede D’Or (RDOR3), pelos riscos mais baixos à medida que o crescimento é distribuído entre vários projetos pequenos, e Mater Dei (MATD3), pelo forte potencial de alta proveniente do crescimento e uma potencial reclassificação de múltiplos, mas com riscos mais elevados, pois o crescimento está mais concentrado em menos projetos.

A maior parte das mudanças nas estimativas se deve a novas premissas macroeconômicas, levando a taxas de juros mais altas. Agora, as estimativas do banco é de uma taxa Selic em 10,25% no fim de 2022 e 6,5% em 2023.

Além disso, o banco assumiu um WACC mais alto, o que impactou o valor presente dos fluxos de caixa. Segundo o Safra, outra forma de colocar isso é que, no cenário atual, os múltiplos justos devem ser menores do que anteriormente.

Vale a pena investir em DASA3?

  • Infraestrutura robusta e presença nacional;
  • Tem a maior escala no segmento de diagnósticos e a segunda maior em hospitais;
  • Modelo voltado a fornecer serviços eficientes e de alta qualidade, reduzindo custos de seguradoras e melhorando os resultados clínicos;
  • Oferece uma solução eficiente para empresas não verticalizadas do setor de saúde;
  • Espaço para continuar consolidando o mercado;
  • Alocação rápida dos recursos do re-IPO para o plano de expansão.

Quais são os principais riscos de DASA3?

  • Sensível ao cenário macroeconômico, principalmente empregos formais;
  • Participantes integrados verticalmente vêm ganhando muita participação de mercado;
  • Competição cada vez mais agressiva na expansão orgânica e de fusões e aquisições; e
  • Pode depender de integração bem-sucedida de fusões e aquisições e aumento de margens.

Sobre a Dasa (DASA3)

A família Bueno adquiriu em 2014 o controle acionário da sociedade originada nos anos de 1960. Pedro Bueno se tornou o CEO em 2015, iniciando seu legado de construção do ecossistema de saúde da Dasa (DASA3).

A empresa passou por uma série de aquisições e, em 2019, incorporou o Grupo Ímpar formado por sete hospitais para atendimento de alta complexidade. Em abril de 2021, a Dasa concluiu seu re-IPO, vendendo 63,2 milhões de novas ações na oferta primária.

A Dasa possui hoje o maior ecossistema de saúde do Brasil. Em 2020, a empresa atendeu mais de 20 milhões de usuários únicos, realizou mais de 262 milhões de exames, operando com mais de 3.931 leitos em 15 estados e no Distrito Federal e 156 cidades. Além da plataforma digital, o grupo conta com 15 hospitais e mais de 900 unidades.

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