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A receita para investir em ano eleitoral: diversificação, calma e paciência

Especialistas da Safra Asset e do Safra Private Banking analisam fatores que vão influenciar o mercado, como eleições e juros

Participaram da análise sobre como investir em 2022 Ricardo Negreiros, CEO da Safra Asset, e Mauricio Hazzan, CIO do Safra Private Banking

Após um ano tomado pelas incertezas da pandemia de covid-19, a receita para investir em 2022 exige diversificação, calma e paciência.

As recomendações vêm de Ricardo Negreiros, CEO da Safra Asset, e Mauricio Hazzan, CIO do Safra Private Banking, em live promovida pelo Banco Safra sobre o Futuro dos Investimentos.

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O ciclo de aumento dos juros no Brasil e no mundo, as eleições e o debate sobre questões relacionadas à sustentabilidade vão afetar diretamente a vida dos investidores.

Analisando o ano de 2021, Hazzan destaca a resiliência que carteiras equilibradas demonstraram no longo prazo, e a necessária calma do investidor em momentos de volatilidade.

“Com um constrói um portfólio sólido e diversificado, é possível entender as razões das posições que estão na carteira”, explica.

Adicionalmente, Negreiros destaca a importância da paciência no processo de construção de patrimônio, e o investidor deve manter o foto no objetivo a ser alcançado. “O Brasil dá muito retorno, mas não é da noite para o dia”, comenta.

Classes de ativos

“As commodities, no ano passado, tiveram um ano espetacular, diferente do que foi em anos anteriores. Por isso, sempre pensamos em um portfólio que contemple as várias janelas de mercado”, disse Hazzan.

Nesse sentido, Negreiros apontou a queda gradual da taxa Selic, iniciada no fim de 2016, como fator positivo de mudança no comportamento do investidor brasileiro, acostumado a juros mais altos e remuneração segura na renda fixa.

“Percebemos uma macrotendência de sofisticação maior dos investidores no Brasil. Conforme a Selic foi se aproximando de taxas mais condizentes com o mercado internacional, houve uma diversificação crescente, seja para ações, seja para ativos offshore ou outros um pouco mais arriscados”.

A tabela abaixo compara o retorno por classes de ativos no intervalo de 14 anos. Os dados evidenciaram a constância de estratégias que buscam maior equilíbrio entre risco e segurança.

Percentual de retorno anual por classe de ativo | Foto: Reprodução

Investir com aumento da Selic no início de 2022

A trajetória de queda dos juros no Brasil foi interrompida no ano passado, diante da inflação em alta. Com isso, o patamar histórico mais baixo da taxa, de 2% em 2020, começou a mudar em março de 2021. Negreiros acredita que a renda fixa retomará um pouco do espaço nas carteiras dos investidores brasileiros. No entanto, o dreno de dinheiro do mercado gerado pela Selic mais alta não deve continuar por muito tempo. Logo, os investidores devem se preparar novamente para um ciclo de queda dos juros, em um futuro não tão distante.

Os especialistas também falaram sobre o fator eleições e em como isso afeta a maneira de investir em 2022. Na visão de Negreiros, a volatilidade é algo inerente ao mercado brasileiro, que já está acostumado à variável, principalmente em um cenário de eleições presidenciais.

Além disso, a Bolsa de Valores brasileira se encontra barata, evidenciando o desconto sobre os papéis negociados no País. Isso tem atraído investidores estrangeiros, que aproveitam o bom momento. Só em janeiro, a entrada de capital estrangeiro na B3 já soma quase R$ 25 bilhões.

“Nosso preço já está descontado, a gente tem muito prêmio nas nossas ações. Pode ser que haja uma volatilidade? Pode. Para mudar estruturalmente o caminho? Não acredito”.

Abra sua conta

Hazzan também destaca a tolerância do investidor brasileiro, que já enfrenta situação instável há tempos. "Acho que quem está preocupado é o investidor e o empresário americano, que não via a inflação há muitos anos", disse Hazzan.

Diversificação geográfica para investir em 2022

Sobre os Estados Unidos, os especialistas lembraram que a diversificação geográfica da carteira, que se tornou mais acessível com o passar dos anos, deve ser um bom artifício para investidores para construir uma posição sólida frente aos desafios que se apresentam.

"A bolsa americana tem empresas baratas, como as de tecnologia, com bom crescimento. Temos algumas dessas companhias no portfólio e no ano passado elas foram muito bem", destaca Negreiros.

Seguindo a linha, Hazzan destaca a importância da busca de bons gestores globais para ajudar a tomar as melhores decisões em relação aos investimentos.

Assim, ele apontou a gestão ativa com olhos em oportunidades fora do Brasil como a grande aliada para investir em 2022.

"Se você tiver um gestor dedicado, olhando e acompanhando essas empresas, você vai ter uma gestão ativa que vai entregar um retorno ao longo do tempo. Esse tipo de acesso será importante para montar uma carteira pensando no futuro".

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