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Coronavírus já matou 500 mil nos Estados Unidos

Presidente Joe Biden fará homenagem hoje às vítimas da doença e vai reforçar pedido de respeito ao distanciamento social

Estátua da Liberdade com máscara

O país é líder mundial em número de casos de infecção pelo coronavirus, com 28,1 milhões de registros | Foto: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai realizar nesta segunda-feira uma cerimônia em homenagem às vítimas da covid-19, no dia em que o país deve ultrapassar a marca de 500 mil mortos pela doença.

Até este domingo, 21, os EUA contabilizavam 498.879 óbitos em decorrência do novo coronavírus, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins. O país registrava 28.133.627 casos da doença e é líder mundial nas duas contagens.

O coronavírus tirou a vida de mais de 2,4 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. O número de mortos nos EUA é o mais alto do mundo, embora o país tenha menos de 5% da população global.

Número equivale à população de Atlanta

A contagem do NBC News indica que cerca de 500.002 pessoas morreram de covid-19 até esta tarde de domingo. O número de mortos rivaliza com a população de cidades americanas como Atlanta (Geórgia) ou Sacramento (Califórnia) e é mais do que o dobro do número de americanos que morreram em batalhas na 2ª Guerra.

“É terrível, é horrível”, declarou o imunologista Anthony Fauci, conselheiro de Joe Biden. “Não vemos nada parecido em 100 anos, desde a pandemia de 1918”, disse à CNN. “É algo que ficará para a história. Em décadas, as pessoas ainda falarão sobre este momento no qual tantas pessoas morreram.”

A primeira morte por covid-19 nos Estados Unidos foi anunciada há um ano, em 29 de fevereiro de 2020. Em janeiro, os Estados Unidos chegaram a 400 mil mortes.

“500 mil! Isso é 70 mil (pessoas) a mais do que todos os americanos mortos durante a 2ª Guerra, em um período de quatro anos”, lamentou o presidente Joe Biden na sexta-feira. “Muita amargura … muita tristeza … muita dor”, concluiu.

Natal será diferente este ano, diz Biden

Em um discurso em uma fábrica de vacinas da Pfizer em Kalamazoo, Michigan, o 46º presidente dos EUA observou que a taxa de vacinação oferece alguma esperança. “Acho que chegaremos mais perto do normal até o final deste ano. Se Deus quiser, este Natal será diferente do anterior”, disse.

Com uma média de 1,7 milhão de vacinas aplicadas por dia, número que deve aumentar nas próximas semanas, Biden está confiante em atingir 600 milhões de doses – ou seja, vacinar toda a população – até o fim de julho.

Um total de 61 milhões de pessoas receberam uma das duas vacinas licenciadas nos Estados Unidos (Pfizer/BioNTech e Moderna), e 18 milhões já receberam as duas doses necessárias.

Além disso, após um pico epidêmico em janeiro, a média semanal de mortes e novos casos está claramente diminuindo, de acordo com dados do Covid Tracking Project.

Uso de máscaras deve continuar em 2022

Especialista responsável pela resposta do governo à pandemia, Fauci cogitou a possibilidade da população americana ter de seguir usando máscaras em 2022, apesar da esperada evolução do programa de vacinação no país.

O infectologista disse que só vai recomendar as pessoas a deixarem de usar o acessório caso as taxas de infecções diárias nos EUA estiverem “muito abaixo” das menores já registradas no país desde o início da crise sanitária e a maioria da população já estiver vacinada.

Entre maio e junho de 2020, o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA chegou a registrar menos de 20 mil casos de covid-19 por dia, menores números já reportados pela instituição.

Fauci, que também é diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), reforçou a ideia de que os EUA começarão a retomar o ritmo normal das atividades perto do fim do ano, mas ressaltou que isso depende do que é considerado “normalidade” neste caso.

“Não posso prever, mas acho que teremos um nível significativo de normalidade à medida que o outono e o inverno (no hemisfério norte) cheguem no fim do ano. Pode não ser precisamente como era antes da pandemia, mas será muito melhor do que o cenário atual”, disse Fauci.(com agências internacionais)

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