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Demanda por crédito desacelera, mas cresce 3% em setembro

Índice que verifica volume de busca por financiamentos cresceu 11% em agosto. Consumidor deve privilegiar gastos em áreas essenciais

Pessoa entregandom cartão de crédito a vendedor com máquina de pagamento em mãos, alusivo à busca por financiamento no Brasil

Único segmento a ter resultado negativo na busca por crédito foi o do varejo, com declínio de 4% no volume de pedidos | Foto: Getty Images

A busca por crédito no Brasil subiu pelo quinto mês seguido em setembro, porém em menor intensidade em relação a agosto.

O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede mensalmente o número de solicitações no varejo, bancos e serviços, subiu 3% no nono mês de 2021, depois de avançar 11% no mês anterior.

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O único segmento a apresentar resultado negativo na busca por financiamento foi o do varejo, com declínio de 4% no volume de pedidos.

Enquanto isso, o destaque positivo ficou por conta dos serviços, com acréscimo de 25% e o segmento de bancos e financeiras ficou praticamente estável (alta de 2%).

“É preciso lembrar que setembro tem menos dias úteis que agosto”, pondera o diretor executivo da Neurotech, Breno Costa.

Apesar de manter o interesse por crédito em alta, o consumidor no Brasil dá sinais de que irá privilegiar gastos em áreas essenciais.

Isso, segundo a Neurotech, acontece no momento em que os cidadãos aguardam a resolução das incertezas em relação à economia sobre as questões sanitárias.

Destaques na busca por crédito no Brasil

O estudo mostra que, ao analisar individualmente as subcategorias do setor varejista, a escolha das pessoas por gastos em áreas consideradas essenciais fica evidente.

A busca por crédito nas categorias de móveis e de eletrodomésticos apresentaram queda de 70% e 32%, respectivamente.

Na direção contrária, os pedidos de empréstimos para compras em supermercados somaram o maior crescimento do ano, com expansão de 119% acima do acumulado até agosto.

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O executivo da Neurotech não vê atipicidade no desempenho do indicador.

Segundo Costa, nos meses anteriores o INDC registrou a recuperação do ritmo natural de demanda por crédito que havia antes da pandemia de covid-19.

Em sua avaliação, como as necessidades "mais urgentes" represadas durante o período de confinamento foram sanadas, é natural que haja um movimento na direção da neutralidade.

Nesse sentido, entende que os investimentos serão direcionados a apenas em itens essenciais, "enquanto as pessoas esperam sinais mais claros sobre os rumos da economia nos próximos meses."

Acumulado

Em análise anual, setembro de 2021 acumulou um volume 8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Assim, o setor de serviços aparece como o mais importante motivador de pedidos, tendo sido responsável por 42% a mais neste ano contra 2020.

O segundo melhor desempenho foi o do varejo (11%), enquanto os empréstimos pedidos em bancos ou financeiras ficaram apenas 2% acima do montante acumulado 12 meses atrás. (AE)

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