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Diretor-Geral da OMS diz que mundo pode vencer a covid em 2022

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, o mundo possui as ferramentas para acabar com a pandemia, apesar do avanço da doença

Fim da pandemia

Para o líder, a solução para a crise sanitária passa pela equidade das ações em todos os países | Foto: Getty Images

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou acreditar na capacidade dos países de vencer a pandemia do coronavírus em 2022. A frase faz parte da mensagem de ano novo de Ghebreyesus, postada em suas redes sociais.

De acordo com o chefe da OMS, o mundo tem “as ferramentas para acabar com esta calamidade”, mesmo com o atual avanço da doença e a variante ômicron se espalhando velozmente, que contamina diariamente um recorde de 1 milhão de pessoas.

A postagem otimista do diretor-geral da OMS, contém, porém, uma advertência: quanto mais a desigualdade se mantiver, mais a pandemia persistirá.

Segundo o chefe da OMS, a diferença do tratamento entre os países tornou as chances de novas variantes emergirem mais prováveis, “prendendo-nos em um ciclo contínuo de perdas, dificuldades e restrições”, disse ele, em referência indireta ao surgimento da variante ômicron, na África do Sul.

“Se acabarmos com a desigualdade, acabaremos com a pandemia e com o pesadelo global que todos vivemos. E isso é possível”, escreve Ghebreyesus. Ele afirma que, em colaboração com os governos, a OMS pretende priorizar a distribuição de vacinas para iniciativas globais, como Covax Facility e AVAT, com a meta de vacinar 70% das pessoas em todos os países até meados de 2022. Leia a mensagem na íntegra aqui: Linkedin.

Chefe da OMS publica texto nomomento em que a covid-19 atinge novo recorde no mundo

O índice elevado de contágios pela variante ômicron contribuiu para que o mundo alcance novo recorde ao registrar média móvel de 1.047.995 casos por dia, segundo dados do Our World In Data, da Universidade de Oxford.

O número de infecções cresceu mais de 80% desde 1º de dezembro, em meio ao espalhamento veloz da nova cepa do coronavírus, muito mais transmissível. Só os Estados Unidos registraram a marca de 300.886 em 24 horas nesta quarta-feira, 29.

Os números atuas superam a onda mais grave do covid em âmbito global, em abril deste ano, quando a média móvel chegou a ​​827 mil por dia. Em escalada desde o fim de outubro, o número de infecções no mundo cresceu 46% na última semana em relação à anterior.

Brasil volta a ter mais de 3 mil infecções por dia

O número de infecções diárias pelo novo coronavírus voltou a aumentar também no Brasil. Nos últimos sete dias, esse dado mais do que triplicou.

A última quinta-feira, 23, mostrava um número de casos diários de 3,6 mil. Segundo boletim do Ministério da Saúde (MS) divulgado nesta quinta-feira, 30, foram 13.405 casos registrados em 24 horas. O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 22.277.239.

O total de mortes por covid, porém, não cresce na mesma proporção e chegou a 618.984, com 167 óbitos entre quinta e sexta-feira, 31. Ainda há 2.828 mortes em investigação, mas esses dados ainda estão passíveis de atualização.

O número de casos diários no Brasil é muito provavelmente superior aos registros. Isso porque o sistema de dados do Ministério da Saúde segue afetado pela invasão hacker do último dia 10.

São Paulo, que concetra o maior número de contaminações diárias, é um dos estados que não divulgou dados da covid pelas persistentes instabilidades no sistema do ministério. O estado afirma que “não houve atualização” de casos e mortes “entre os dias 11 e 27/dez em virtude de problemas no sistema federal de notificação”. (Com agências)

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