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Dívida Pública cai e fecha julho em R$ 5,8 trilhões

Tesouro encerrou julho com R$ 1,17 trilhão em reserva de liquidez para honrar compromissos com investidores que detêm títulos brasileiros

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Participação dos investidores estrangeiros no total da dívida pública subiu, passando de 8,92% em junho para 9,01% no mês passado | Foto: Getty Images

O estoque da dívida pública federal caiu 0,70% em julho e fechou o mês em R$ 5,804 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. Em junho, o estoque estava em R$ 5,845 trilhões.

A correção de juros no estoque da dívida pública do governo foi de R$ 40,50 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 81,62 bilhões.

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A dívida pública federal inclui as dívidas interna e externa. A dívida pública mobiliária federal interna retraiu 0,66% em julho e fechou o mês em R$ 5,558 trilhões. Já a dívida pública federal externa ficou 1,74% menor no mês, somando R$ 245,81 bilhões ao fim de julho.

Em meio à alta da taxa básica de juros, a parcela de títulos da dívida atrelados à Selic voltou a subir em julho, para 37,77%. Em junho, estava em 36,69%. Já os papéis prefixados reduziram a fatia de 27,23% para 25,75%.

Os títulos remunerados pela inflação aumentaram para 31,99% do estoque da DPF em julho, ante 31,55% em junho. Os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 4,53% para 4,49% no mês passado.

O Tesouro informou ainda que parcela da dívida pública federal a vencer em 12 meses apresentou aumento, passando de 23,11% em junho para 24,61% em julho. O prazo médio da dívida teve alta de 3,88 anos para 3,90 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF caiu de 10,90% ao ano para 10,76% a.a. no mês passado.

Participação de investidores estrangeiros sobe em julho

A participação dos investidores estrangeiros no total da dívida pública subiu em julho. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da dívida pública mobiliária federal interna passou de 8,92% em junho para 9,01% no mês passado.

No fim de 2020, a fatia estava em 9,24%, chegando a 10,56% em dezembro do ano passado. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 500,76 bilhões em julho, ante R$ 499,32 bilhões em junho.

A maior participação no estoque da dívida pública federal interna continuou com as instituições financeiras, com 29,57% em julho, ante 30,14% em junho. A parcela dos fundos de investimentos passou de 23,60% para 24,37% em no mês passado.

Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 22,32% para 22,59% de um mês para o outro. Já as seguradoras recuaram de 3,94% para 3,91% na mesma comparação.

Colchão de liquidez reduz em julho

O Tesouro Nacional encerrou julho com R$ 1,177 trilhão no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 3,58% menor em termos nominais que os R$ 1,221 trilhão que estavam na reserva em junho. O montante ainda é 1,53% maior que o observado em julho de 2021 (R$ 1,159 trilhão).

O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa. O órgão não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez. (AE)

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