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Energia elétrica é vilã da inflação com alta 3,91% no IPCA-15

Bandeira de escassez hídrica pressiona tarifa de energia e pesa na prévia da inflação (IPCA-15), que aponta a maior alta para outubro desde 1995

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A energia elétrica subiu 3,91% em outubro, sendo o item de maior impacto individual na inflação do mês | /foto: Getty Images

O encarecimento da energia elétrica pressionou os gastos das famílias brasileiras com habitação em outubro. O grupo Habitação passou de um aumento de 1,55% em setembro para um avanço de 1,87% em outubro, o que resultou numa contribuição de 0,30 ponto porcentual para a taxa de inflação de 1,20% registrada neste mês pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

A energia elétrica subiu 3,91% em outubro, sendo o item de maior impacto individual na inflação do mês, de 0,19 ponto porcentual, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em outubro, permanece em vigor a bandeira tarifária de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na cobrança da conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

O IBGE explica que durante o período de referência do IPCA-15 vigorou tanto a bandeira de escassez hídrica, na primeira quinzena de setembro, quanto a bandeira vermelha patamar 2, na segunda quinzena de agosto. Ou seja, o resultado não assimila integralmente o impacto do acionamento da bandeira de escassez hídrica sobre as contas de luz.

Além da energia elétrica, gás de cozinha e alimentos pesam na inflação

Ainda em Habitação, o gás de botijão ficou 3,80% mais caro em outubro, o 17º mês consecutivo de aumentos. O gás de botijão já acumula uma alta de 31,65% apenas no ano de 2021.

Os gastos das famílias com alimentação e bebidas voltaram a subir na passagem de setembro para outubro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

O grupo Alimentação e Bebidas passou de um aumento de 1,27% em setembro para uma elevação de 1,38% em outubro, uma contribuição de 0,29 ponto porcentual do grupo para a taxa de 1,20% do IPCA-15 deste mês.

A alimentação no domicílio saiu de uma alta de 1,51% em setembro para um avanço de 1,54% em outubro. As famílias pagaram mais pelas frutas (alta de 6,41% e contribuição de 0,06 ponto porcentual), tomate (23,15%), batata-inglesa (8,57%), frango em pedaços (5,11%), café moído (4,34%), frango inteiro (4,20%) e queijo (3,94%).

Por outro lado, houve redução nos preços da cebola (-2,72%), arroz (-1,06%, 9º mês consecutivo de quedas) e carnes (-0,31%, após 16 meses seguidos de alta).

A alimentação fora do domicílio acelerou de uma alta de 0,69% em setembro para um avanço de 0,97% em outubro. O lanche fora de casa subiu 1,71%, e a refeição aumentou 0,52%. (AE)

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