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Segundo estudo, vacina da Janssen é eficaz contra variante delta

Ensaio clínico divulgado neste sábado revela que imunizante disponível no Brasil oferece alta proteção contra a cepa mais perigosa de covid-19

Vacina da Janssen

Imunizante de dose única foi testada na África do Sul, um dos países que tem a pandemia agravada pela mutação do vírus | Foto: Divulgação

Ensaio clínico divulgado neste sábado, 7, mostra que a vacina contra a covid-19 da Janssen é altamente eficaz na prevenção de quadros graves e morte em virtude da variante delta (a cepa indiana) do novo coronavírus.

Os testes realizados na África do Sul com cerca de 480 mil profissionais foram os primeiros realizados com acompanhamento de pessoas vacinadas na vida real. Eles sustentam estudo de laboratório que a empresa divulgou no mês passado mostrando boa proteção contra a cepa.

O estudo sul-africano descobriu que a vacina tem eficácia de até 71% contra a internação e até 96% contra a morte em decorrência de contágio pela variante delta. Os dados serão submetidos a revisão de laboratórios de outros países antes da publicação em revista científica.

A notícia porém tranquiliza os países que têm a pandemia agravada pelo espalhamento da cepa, mais contagiosa e mais grave do ponto de vista dos sintomas. No Brasil, o Rio de Janeiro concentra o maior número de casos e mortes,  95% das internações são de pessoas não vacinadas, segundo levantamento do jornal O Globo.

De acordo com o último relatório do Ministério da Saúde, foram 101 casos confirmados e quatro mortes pela cepa no estado. “A vacina funcionou muito bem na África do Sul e protege contra quadros graves e morte. Todas as respostas imunológicas que vimos indicam uma resposta boa, imediata e sustentada contra a variante delta e vemos uma durabilidade surpreendente na resposta imunológica de até oito meses, afirmou Glenda Gray, uma das principais pesquisadoras do estudo ao jornal O Estado de S.Paulo.

Janssen demorou para chegar no Brasil

No Brasil, o uso emergencial da vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 31 em março. O FDA (Food and Drug Administration dos Estados Unidos) liberou o uso em fevereiro.

A Anvisa prorrogou a data de validade do imunizante de três para quatro meses e meio As doses que chegaram no Brasil (metade das 3 milhões anunciadas pelo Ministério da Saúde), valem, agora, até 8 de agosto. Ainda não foi anunciada a inclusão no calendário vacinal.

“Embora a vacina tenha manutenção em temperaturas de 2 a 8 graus celsius, que é temperatura de geladeira, depois de aberta, ela dura apenas seis horas, depois desse período, precisa ser desprezada”, explica a imunologista Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “O controle dela é mais rígido do que as vacinas inativadas, como a Coronavac.”

O contrato do governo brasileiro com a farmacêutica prevê a importação de 38 milhões de doses até o final do ano. (Com Agência Estado)

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