Extrato de cannabis sativa é liberado pela Anvisa
Anvisa aprova comercialização do Extrato de Cannabis Sativa Alafiamed, ampliando para nove o número de produtos à base da planta já liberados
18/12/2021A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização de mais um produto medicinal à base de Cannabis no Brasil. O novo produto aprovado é o Extrato de Cannabis Sativa Alafiamed 200 mg/ml.
O extrato vegetal é produzido a partir da Cannabis sativa, a partir de um conjunto de substâncias da planta, informou a Anvisa.
O produto, de acordo com a Anvisa, é fabricado na Suíça e será importado e distribuído no Brasil pronto para uso. Ele estará disponível sob a forma de solução em gotas, contendo 50 mg/mL de canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC).
O THC é o princípio ativo priscotrópico da maconha. O medicamento será comercializado em farmácias e drogarias a partir da prescrição médica por meio de receita do tipo B (de cor azul).
O uso medicinal mais conhecido da cannabis hoje é no tratamento de dores e espasmos, sintomas da epilepsia, náuseas e vômitos provocados pela quimioterapia, entre outros. Mas, já existem estudos avançados para aplicação de tratamento à base de canabidiol em doenças psiquiátricas.
Comunicado da Anvisa sobre o extrato de cannabis
“O CBD e o THC informados são considerados marcadores no controle de qualidade desses extratos, os quais são compostos também por outras substâncias, como demais canabinoides e taninos. Os extratos vegetais têm composição complexa, podendo conter muitas substâncias ativas que podem agir por diferentes mecanismos no corpo humano, o que torna ainda mais importante o controle e o monitoramento aplicados a esses produtos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS)”, destacou a Anvisa.
No total, há nove produtos à base de Cannabis aprovados pela Anvisa e que podem ser adquiridos em farmácias e drogarias. De acordo com a Anvisa, são produtos fabricados por empresas certificadas quanto às Boas Práticas de Fabricação, que foram totalmente avaliados em relação à sua qualidade e adequabilidade para uso humano. (Agência Brasil