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Fed deve manter os juros e mercado busca rumo da política monetária nos EUA

A expectativa é de manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos no intervalo entre 5,25% e 5,5%, e mercado aguarda fala de Jerome Powell

Federal Reserve

O Banco Safra prevê apenas dois cortes de 0,25 ponto percentual na Fed Funds neste ano, com início do ciclo de cortes no segundo semestre | Foto: Getty Images

O destaque do noticiário econômico esta semana será a decisão do Federal Open Market Committee (FOMC), do Federal Reserve, sobre juros nos EUA. A expectativa é de manutenção da taxa no intervalo entre 5,25% e 5,5%. Outro destaque é o discurso de do presidente do Fed, Jerome Powell, que deve ajudar a entender os rumos da política monetária nos Estados Unidos.

O mercado aguarda também os dados de emprego (JOLTs), criação líquida de empregos (ADP) e o payroll. O Banco Safra ajustou as projeções para a política monetária dos Estados Unidos, após a divulgação do crescimento de 1,6% do PIB do país no primeiro trimestre de 2024 e dados mostrando a persistência da inflação. O Safra prevê apenas dois cortes de 0,25 ponto percentual na Fed Funds neste ano, com início do ciclo de cortes no segundo semestre. Confira a análise completa do Banco Safra.

Saiba mais

Na semana passada, os dados de inflação nos EUA (ainda acelerado, mas dentro do esperado) e no Brasil (IPCA-15 abaixo do esperado), além dos dados do PIB norte-americano mais fracos do que o esperado trouxeram alívio para os mercados, apesar das expectativas de inflação para 2025 no Brasil continuarem sendo motivo de preocupação.

Com esses indicadores, o dólar fechou a semana em queda (-0.89%), a R$ 5,12, e o CDS de 5 anos também reduziu para 151 pontos. Os juros futuros caíram levemente no curto prazo, mas continuaram a ter alta no longo prazo, acompanhando o juro norte-americano longo, que também subiu. Com isso, as projeções de mercado para a taxa Selic subiram novamente, alcançando 10,25% para 2024.

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) fará sua próxima reunião nos dias 7 e 8 de maio de 2024 para discutir os rumos da taxa Selic e a situação econômica do Brasil. O Safra prevê a continuidade dos cortes da taxa Selic, que deve terminar o ano no patamar de um dígito, em 9,50% ao ano. Hoje a taxa está em 10,75% ao ano.

Semana terá decisão do Fed sobre juros nos EUA

A semana – mais curta pelo feriado na quarta-feira – será carregada com dados de CAGED (geração de empregos; o Safra espera 200 mil vagas), PNAD e IGP-M (o Safra estima +0,19% na comparação mensal). Além disso, o Bacen divulgará dados do setor externo e o Tesouro publicará o resultado primário do governo.

O Ibovespa teve alta na última semana (+1,1% em real; 2,80% em dólar), vs. +3,96% do MSCI Emerging Markets e +2,7% do S&P. Os resultados do primeiro trimestre de 2024 vieram, em grande parte, em linha com o esperado, e a aprovação do pagamento de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras e o IPCA-15 abaixo do esperado marcaram a semana positiva no mercado.

Em abril os investidores estrangeiros retiraram R$ 10,3 bilhões da bolsa brasileira. Nos EUA, o PIB do primeiro trimestre mostrou desaceleração (abaixo do esperado), mesmo com o PCE expandindo 0,3% na comparação mensal (dentro das expectativas), trazendo alívio para os mercados.

Os destaques dos resultados do primeiro trimestre de 2024 na semana devem ser:

  • (i) positivos para Gerdau, Iguatemi e Weg;
  • (ii) neutros para Copasa e Santander;
  • (iii) negativos para AES Brasil, Arezzo, CTEEP e Eztec.

As estimativas de consenso para 2024 mostram revisões para cima no lucro, em especial para os setores de Distribuição de Combustíveis e Utilidades Básicas.

O setor de Distribuição de Combustíveis apresentou melhora no lucro esperado, refletindo margens mais altas no 4T23; e em Utilidades Básicas, Cemig, Engie e Copasa apresentaram revisões positivas.

A revisão de LPA do Ibovespa para 2025 foi positiva em 3,5% na última semana, atingindo 17.340 pontos, acima de nossa estimativa de 16.932 pontos.

OP/L 2025e do Ibovespa continua abaixo da média de cinco anos de 10,0x (o P/L 2025e atual é de 7,2x), reforçando nossa visão de que a bolsa brasileira está em patamares atraentes.

Vemos os maiores descontos de valuation em Varejo, Shoppings e Educação.

O short na bolsa diminuiu-2,54% na última semana, alcançando R$ 128,55 bilhões. As maiores quedas de posições alugadas foram em Neoenergia, Prio e Vibra Energia.

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