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Gasolina sobe 48% em um ano e pressiona a inflação

A gasolina foi a grande vilã da inflação medida pelo IPCA-15, representando o maior peso individual no mês de novembro, segundo o IBGE

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A gasolina representou o maior impacto no grupo transportes, dentro do IPCA-15, com alta de 6,62% em novembro | Foto: Getty Images

Sob pressão de novos aumentos nos combustíveis, o grupo de preços do setor de transportes passou de uma alta de 2,06% em outubro para 2,89% em novembro, na prévia da inflação mensal medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). A gasolina aparece como a grande vilã da inflação.

O grupo foi responsável por mais da metade do IPCA-15 de 1,17% registrado no mês, com uma contribuição de 0,61 ponto porcentual. O resultado do IPCA-15 de novembro mostrou a inflação mais alta desde 2002. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O maior impacto no grupo foi da gasolina, que subiu 6,62%, o item de maior impacto individual no mês, 0,40 ponto porcentual. No ano, a gasolina acumula alta de 44,83%. Em 12 meses, o avanço é de 48,00%.

Além da gasolina, custo do diesel também pesa na inflação

Os consumidores também gastaram mais em novembro com o óleo diesel (8,23%), etanol (7,08%) e gás veicular (2,59%).

Houve altas de preços ainda nos automóveis novos (1,92%), automóveis usados (1,91%) e motocicletas (1,26%), que contribuíram conjuntamente com cerca de 0,10 ponto porcentual para o IPCA-15 de novembro. Os transportes por aplicativo ficaram 16,23% mais caros, após já terem subido 11,60% no mês anterior.

Por outro lado, as passagens aéreas recuaram 6,34%, depois de registrarem altas expressivas de 28,76% em setembro e 34,35% em outubro. 

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Todos os grupos de preços pesquisados pesaram na alta do IPCA-15

A alta de 1,17% na prévia da inflação oficial em novembro foi decorrente de aumentos em todos os nove grupos de produtos e serviços que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os avanços de preços ocorreram em Transportes (2,89%), Habitação (1,06%), Alimentação e bebidas (0,40%), Vestuário (1,59%), Educação (0,01%), Comunicação (0,32%), Artigos de residência (1,53%), Despesas pessoais (0,61%) e Saúde e cuidados pessoais (0,80%).

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais foi impulsionado pelos itens higiene pessoal (1,65%) e produtos farmacêuticos (1,13%).

Em Vestuário, todos os itens pesquisados tiveram aumento de preços, com destaque para as roupas femininas (2,05%), masculinas (1,88%) e infantis (1,30%), além dos calçados e acessórios (1,28%). O grupo acumula uma alta de 8,64% no ano, enquanto o acumulado de janeiro a novembro de 2020 foi de um recuo de 1,31%.

O resultado geral do IPCA-15 em novembro foi decorrente de aumentos de preços em todas as 11 regiões pesquisadas.

A alta mais branda ocorreu em Belém (0,76%), enquanto a maior variação foi registrada em Goiânia (1,86%). Sete regiões acumulam alta de preços de dois dígitos nos últimos 12 meses: Curitiba (13,69%), Porto Alegre (12,33%), Belo Horizonte (10,55%), Recife (11,30%), Fortaleza (11,90%), Goiânia (11,09%) e Salvador (10,73%). (AE)

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