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Hacker que vazou dados de 220 milhões é preso pela PF

Preso em Uberlândia (MG), hacker "Vandathegod" é suspeito de vazar CPFs, CNPJs, fotos e nomes dos participantes do Bolsa Família

Policial federal inspeciona PC

Prisão aconteceu no âmbito da Operação Deepwater, com ações em Uberlândia e Petrolina (PE) | Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta sexta-feira, 19, um hacker em Uberlândia (MG) sob suspeita de ser o responsável pelo maior vazamento de dados do Brasil. O suspeito é conhecido como “Vandathegod”.

A prisão do hacker aconteceu no âmbito da Operação Deepwater, que investiga o crime envolvendo o vazamento em massa de dados de 220 milhões de brasileiros ocorrido em janeiro.

O megavazamento de dados foi revelado em janeiro pelo dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe.

Além de Uberlândia, os agentes cumprem mandados de busca e apreensão também no município de Petrolina (PE). São cinco mandados juntando as duas cidades.

As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Volume de dados vazados pelo hacker

Foram colocados à venda, em fóruns na internet, mais de 223 milhões de CPFs, além de informações detalhadas como nomes, endereços, renda, imposto de renda, fotos, participantes do Bolsa Família e scores de crédito.

O volume de números de CPF é maior do que o da população brasileira, pois foram incluídas na base informações de pessoas que já morreram.

Além disso, mais de 40 milhões de números de CNPJ, com informações atrelados a eles, também foram disponibilizados.

Segundo a PF, a divulgação de parte dos dados sigilosos foi feita gratuitamente por um usuário do referido fórum que, ao mesmo tempo, colocou à venda o restante das informações, com pagamento em criptomoedas.

“Após diversas diligências, a Polícia Federal identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais”, disse a PF em nota. (AE)

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