Harvard encerrará investimentos em combustíveis fósseis
Com orçamento de US$ 42 bilhões, instituição não fará mais aportes em empresas ligadas à fonte poluente de energia
10/09/2021O presidente da Universidade Harvard, Lawrence Bacow, afirmou que a instituição não investirá em empresas ligadas a combustíveis fósseis.
A confirmação está em uma carta postada no site oficial da instituição dos Estados Unidos.
Bacow é o 29º presidente da que é considerada a melhor universidade do mundo (ranking).
De acordo com a agência de notícias Reuters, a declaração repercutiu bem entre ativistas que pressionavam Harvard a romper suas ligações com investimentos não-sustentáveis.
Segundo a carta de Bacow, atualmente a Harvard Management Company (HMC), que administra doações e investimentos da instituição, não tem nenhum investimento direto em companhias que exploram os combustíveis fósseis.
Estes são os grandes vilões do aquecimento global e se descolam do conceito sustentável ESG (ambiental, social e de governança) que está sendo aplicado no mundo corporativo.
Força do exemplo de Harvard
Nesse sentido, Bacow explica que os esforços da universidade se dão pela “necessidade de descarbonizar a economia“.
Adicionalmente, ele afirma que os investimentos indiretos na fonte poluente de energia, via fundos de private equity (capital privado) representam menos de 2% do orçamento da HMC.
Conforme a Reuters, a dotação orçamentária da HMC é avaliada em US$ 42 bilhões (R$ 220,5 bilhões), a maior entre qualquer outra universidade do planeta.
Ainda na carta aberta, Bacow afirmou que a instituição foi a primeira “a se comprometer a atingir emissões líquidas de gases de efeito estufa em toda a carteira de investimentos até 2050”.
Nos últimos anos, a direção da faculdade passou a sofrer grande pressão interna dos próprios alunos.
A Divest Harvard, um dos grupos ativistas que pressionavam a universidade, comemorou o anúncio de Bacow no Twitter.
“Uma vitória massiva para nossa comunidade, o movimento climático e o mundo – e um ataque contra o poder da indústria de combustíveis fósseis.”