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Harvard encerrará investimentos em combustíveis fósseis

Com orçamento de US$ 42 bilhões, instituição não fará mais aportes em empresas ligadas à fonte poluente de energia

Paisagem da Universidade Harvard, a noite, nos Estados Unidos, com destaque para a torre vermelha e branca iluminada ao fundo e o rio Charles

Segundo o presidente de Harvard, investimento indireto em combustíveis fósseis está em menos de 2% do orçamento | Foto: Getty Images

O presidente da Universidade Harvard, Lawrence Bacow, afirmou que a instituição não investirá em empresas ligadas a combustíveis fósseis.

A confirmação está em uma carta postada no site oficial da instituição dos Estados Unidos.

Bacow é o 29º presidente da que é considerada a melhor universidade do mundo (ranking).

De acordo com a agência de notícias Reuters, a declaração repercutiu bem entre ativistas que pressionavam Harvard a romper suas ligações com investimentos não-sustentáveis.

Segundo a carta de Bacow, atualmente a Harvard Management Company (HMC), que administra doações e investimentos da instituição, não tem nenhum investimento direto em companhias que exploram os combustíveis fósseis.

Estes são os grandes vilões do aquecimento global e se descolam do conceito sustentável ESG (ambiental, social e de governança) que está sendo aplicado no mundo corporativo.

Força do exemplo de Harvard

Nesse sentido, Bacow explica que os esforços da universidade se dão pela “necessidade de descarbonizar a economia“.

Adicionalmente, ele afirma que os investimentos indiretos na fonte poluente de energia, via fundos de private equity (capital privado) representam menos de 2% do orçamento da HMC.

Conforme a Reuters, a dotação orçamentária da HMC é avaliada em US$ 42 bilhões (R$ 220,5 bilhões), a maior entre qualquer outra universidade do planeta.

Ainda na carta aberta, Bacow afirmou que a instituição foi a primeira “a se comprometer a atingir emissões líquidas de gases de efeito estufa em toda a carteira de investimentos até 2050”.

Nos últimos anos, a direção da faculdade passou a sofrer grande pressão interna dos próprios alunos.

A Divest Harvard, um dos grupos ativistas que pressionavam a universidade, comemorou o anúncio de Bacow no Twitter.

“Uma vitória massiva para nossa comunidade, o movimento climático e o mundo – e um ataque contra o poder da indústria de combustíveis fósseis.”

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