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Bolsa acumula alta de 3,27% em julho; dólar cai 1,25% no mês

Bolsa encerra o mês de julho nos 121,9 mil pontos e dólar segue em queda cotado a R$ 4,72, com o mercado à espera do corte da Selic na quarta-feira

Ibovespa

Mercado financeiro aguarda definições sobre o ritmo de corte dos juros no Brasil | Foto: Getty Images

O Ibovespa chegou a retomar os 122 mil pontos no intradia, sem conseguir sustentar a marca no fechamento. Ainda assim, acumulou ganho de 3,27% em julho, após avanço de 9% no mês anterior. Nesta segunda-feira, o índice oscilou dos 120.187,87 aos 122.148,81 pontos, e encerrou a segunda-feira em alta de 1,46%, aos 121.942,98 pontos, com giro a R$ 21,9 bilhões nesta abertura de semana. No ano, o Ibovespa ganha 11,13%.

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira praticamente estável em relação ao real. Com mínima a R$ 4,7135 logo após a abertura e máxima a R$ 4,7601 no fim da manhã, a moeda fechou cotada a R$ 4,7295, recuo de 0,03%. A sessão foi marcada pela disputa técnica em torno da formação da última taxa Ptax de julho e pela rolagem de posições no segmento futuro.

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Apesar da arrancada do Ibovespa, o clima de cautela marcou o mercado de câmbio, com investidores optando por ajustes finos à espera da magnitude do corte da taxa Selic que deve ser anunciado na quarta-feira, 2. Mesmo com fôlego curto do real hoje, o dólar à vista encerra o mês com queda de 1,25%, dada a valorização as commodities e o otimismo com o Brasil. No ano, a moeda americana acumula perdas de 10,43%.

Em dólares, o Ibovespa fechou julho de 2022 a 19.937,90 pontos. Em 2023, em dólar, após ter chegado ao final do primeiro trimestre aos 20.100.65 pontos, o Ibovespa foi a 21.355,22 pontos no fechamento de maio e, no fim de junho, chegou aos 24.654,87 pontos, refletindo não apenas o avanço nominal do índice da B3 no mês, de 9%, mas também a apreciação do real frente ao dólar. Agora, com o dólar em queda de 1,25% ante o real em julho, e ganho pouco acima de 3% para o Ibovespa, o índice da B3, na moeda americana, subiu a 25.783,48 pontos.

Ibovespa e dólar reagem em clima de cautela às vésperas do Copom

Na agenda da semana, além da decisão do Copom sobre a Selic na quarta-feira – com avanço das apostas de que pode vir um corte de meio ponto porcentual já nesta reunião -, destaque para a Câmara, que retoma os trabalhos nesta terça-feira, 1º, após duas semanas de recesso, em meio às negociações para o embarque do Centrão no governo e com foco nas prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A agenda econômica que concentrará as atenções dos deputados inclui a análise das mudanças feitas pelo Senado no novo arcabouço fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem.

“O que a gente viu na ata da última reunião do Copom, todos os itens que foram colocados como condicionantes para que se comece a baixar os juros foram atendidos, basicamente, ao longo desse ano. O IPCA-15 veio negativo duas vezes, o que mostra uma inflexão, já, na inflação”, diz Piter Carvalho, economista-chefe da Valor Investimentos, mencionando avanço, ainda que parcial, de reformas no Congresso e também do arcabouço fiscal, o que contribui para maior previsibilidade.

Nesta segunda-feira, o dia foi de retomada bem distribuída pelas ações de maior peso no Ibovespa, com destaque para a forte recuperação em Petrobras (ON +5,26%, PN +4,54%), após a definição na última sexta-feira de alteração na política de dividendos da empresa – no mês, a ON acumulou ganho de 5,17% e a PN, de 5,35%. Vale ON subiu hoje 2,26% e, em julho, acumulou recuperação de 7,69%, ainda cedendo 20,48% no ano.

Na ponta do índice nesta abertura de semana, Carrefour Brasil (+8,29%), Dexco (+6,76%) e BRF (+6,20%). No lado oposto, Hypera (-1,68%), CVC (-1,65%) e Rede D’Or (-1,10%).

Na agenda externa, o bom desempenho das ações de commodities na sessão (IMAT +2,48%) foi inspirado por pequena recuperação do PMI industrial da China em julho, mas ainda em terreno de contração, a 49,3, após leitura a 49,0 no mês anterior – de um mês para o outro, houve avanço na rubrica referente a novas encomendas, o que sinaliza uma melhora, ainda que marginal, na demanda doméstica chinesa, observa em nota a Monte Bravo Investimentos. “As expectativas dos empresários do setor subiram pela primeira vez, após cinco meses de queda, e também indicam mais confiança na economia”, acrescenta a casa. (AE)

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