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Ibovespa fecha quase estável, após sessão de perdas e ganhos

A Bolsa fechou em leve alta de 0,07%, aos 108.451 pontos, depois de oscilar entre 107.914 e 108.970 pontos

Mercado financeiro

Com o resultado deste pregão, o índice acumula perda de 2,92% na semana e de 0,98% em setembro; no ano, sobe 3,46% | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que oscilou boa parte do dia, conseguiu defender os 108 mil pontos com a melhora dos índices de Nova York.

A Bolsa fechou em quase estabilidade em leve alta de 0,07%, aos 108.451 pontos, depois de oscilar entre 107.914 e 108.970 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 26,2 bilhões. Com o resultado deste pregão, o índice acumula perda de 2,92% na semana e de 0,98% em setembro. No ano, o Ibovespa sobe 3,46%.

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O referencial local teve um comportamento semelhante aos índices de Wall Street durante parte do pregão, pois, estes também operavam entre perdas e ganhos até meados da segunda metade da sessão. Daí para frente, eles ganharam o fôlego e fecharam em alta forte. Dow Jones subiu 1,88%, S&P 500, 1,96% e Nasdaq, 2,05%.

O que trouxe um certo alívio para o mercado e aumentou o apetite ao risco dos investidores foi a decisão do Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) de comprar bônus do governo britânico – os chamados Gilts – de longo prazo.

Em comunicado, o BoE disse que as compras começarão nesta quarta e se estenderão até 14 de outubro, e serão feitas “em qualquer escala que for necessária” para restaurar a ordem nos mercados financeiros.

“Isso deu força para o mercado realizar posições nesta sessão”, disse Paulo Duarte, economista da Valor Investe.

Nesta semana, o rendimento do Gilt de 10 anos alcançou os maiores níveis desde 2008 e a libra atingiu mínima histórica frente ao dólar, em reação a planos de cortes de impostos e aumentos de gastos revelados pelo governo britânico, na última sexta-feira (23).

Mais cedo, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçou, nesta quarta-feira, o compromisso da autoridade monetária em subir juros “nos próximos vários encontros”, como parte dos esforços para conter a escalada da inflação na zona do euro.

No início deste mês, a instituição subiu suas principais taxas em 75 pontos-base, após aumento de 50 pontos-base em julho.

Em fórum organizado pelo Atlantic Council, Lagarde explicou que o objetivo primário do BCE não é induzir uma recessão, mas assegurar a estabilidade de preços. “Precisamos garantir que as expectativas de inflação sigam ancoradas em 2%”, disse.

Lagarde ressaltou que há diferenças entre as raízes da espiral inflacionária nos Estados Unidos e na Europa. De acordo com ela, boa parte da inflação no Velho Continente é guiada pelo lado da oferta, enquanto o componente da demanda é mais forte nos EUA.

A banqueira central destacou ainda que o avanço dos preços é alimentado sobretudo pelo encarecimento da energia. (Com AE)

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