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Ibovespa segue o exterior, fecha em queda e perde os 100 mil pontos

A Bolsa recuou de 0,50%, aos 99.771 pontos, depois de oscilar entre 99.364 e 100.753 pontos; o volume financeiro chegou a R$ 17,4 bilhões

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Dados ruins nos Estados Unidos pesaram nos índices em Nova York e influenciaram os negócios na Bolsa brasileira | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de valores brasileira, até tentou se sustentar o patamar de 100 mil pontos nesta terça-feira, mas com a piora do exterior o ínidice virou para o terreno negativo.

A Bolsa fechou em queda de 0,50%, aos 99.771 pontos, depois de oscilar entre 99.364 e 100.753 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 17,4 bilhões. Com este resultado, o indicador acumula alta de 1,25% no mês, mas tem perda de quase 5% no ano.

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O desempenho do Ibovespa, que era positivo, mudou a direção e, seguiu o mau humor dos índices americanos, que caíram em bloco. Dow Jones recuou 0,71%, S&P 500 fechou em baixa de 1,17% e Nasdaq se desvalorizou em 1,87%.

“O risco faz com que o investidor procure opções de proteção, ou seja, diminuir riscos. O mercado tende a vender renda variável, diminuir exposição em mercados emergentes e economias que possam vir a apresentar resultados negativos e compra dólar como proteção”, disse Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital Investimentos.

O que segurou o Ibovespa de um tombo maior foi a valorização das ações da Petrobras. A estatal subiu mesmo perdendo força na segunda metade do pregão. O PETR4 avançou 1,01% e o PETR3 evoluiu 1,44%.

O barril petróleo tipo do Brent, referência mundial, que no início do pregão operava em alta, inverteu o rumo e recuou 0,73% e foi cotado a US$ 99,46. Dados macroeconômicos negativos nos Estados Unidos pressionaram as cotações, que foram penalizadas ainda pela notícia de que Washington liberará mais uma rodada de reservas da commodity.

Segundo o Conference Board, o índice de confiança do consumidor no país recuou de 98,4 em junho a 95,7 em julho, bem abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 97,0.

Já vendas de moradias usadas nos EUA registraram queda de 8,1% em junho, na comparação com maio, à taxa anual sazonalmente ajustada de 590 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Comércio do país.

Além disso, a Casa Branca informou que os EUA venderão mais 20 milhões de barris de sua reserva de petróleo, como parte dos esforços para conter a escalada dos preços. A notícia emperrou uma tentativa de recuperação do ativo.

De qualquer forma, o analista Edward Moya, da consultoria Oanda, prevê que a desvalorização do óleo será limitada. “Apesar dos riscos crescentes de uma recessão severa, o petróleo deve ter um forte suporte no nível de US$ 90 no curto prazo”, afirma.

Já o minério de ferro fechou em alta nesta terça-feira. O contrato de minério mais negociado, para entrega em setembro, na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações em alta de 5,6%, a 748,50 yuans (US$110,81) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato do minério de ferro para agosto subiu 5,7%, para US$ 111,40 a tonelada. Os papéis da Vale, que evoluiam no início da sessão, perderam força e e fecharam em queda de 0,18%.

No mercado doméstico, a inflação ainda ficou no radar dos investidores. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje a prévia do IPCA para julho, o IPCA-15. Segundo os dados, os preços apresentaram alta de 0,13%, uma desaceleração em relação junho, quando chegou a 0,69%. É a menor variação mensal desde junho de 2020.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%, abaixo dos 12,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2021, a taxa foi de 0,72%.

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