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A estratégia do fundo Safra Galileo diante do risco de recessão nos EUA

Com retorno de 236,6% do CDI no primeiro semestre, fundo Safra Galileo se posiciona para a enfrentar recessão nos EUA e recuperação na China

Safra Galileo

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Mesmo reconhecendo que a economia americana vem atravessando uma sequência de choques e que as ferramentas de política monetária têm limitações, o Federal Reserve aumentou a sua taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, a maior elevação em décadas.

O posicionamento mais firme da instituição mais uma vez reavivou os temores quanto a uma recessão na maior economia do mundo.

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A Safra Asset continua vendo como mais provável um cenário no qual as taxas de juros americanas tenham que ser elevadas até o patamar de 4%, de modo a provocar o desaquecimento necessário para trazer a inflação gradualmente para patamares mais baixos.

O cenário-base do time de gestão do Safra Galileo (todos os detalhes e regulamento aqui), fundo que acumulou retorno de 236,6% do CDI no ano até o fechamento de junho, é que este patamar de juros seja atingido ao final deste ano, e provavelmente mantido pelo menos até o final do ano que vem.

Para a Safra Asset, o risco da economia americana entrar em uma recessão no decorrer deste processo é bastante grande, e mais concentrado no segundo semestre do ano que vem, embora tenham aumentado as chances de uma recessão nos próximos 12 meses (aproximadamente 80% e 30%, respectivamente).

O que é uma recessão?

As estimativas da Safra Asset não se baseiam no conceito de recessão técnica, caracterizado por dois trimestres consecutivos de contração do PIB, mas no conceito de recessão da NBER (National Bureau of Economic Research), que considera a profundidade e a difusão da queda na economia, com base em uma série de indicadores relevantes de atividade econômica e especialmente do mercado de trabalho.

Dada sua amplitude, a Safra Asset considera que o critério da NBER apresenta uma aderência superior ao tentar antecipar os ciclos de inflação, lucros e salários da economia americana. Como exemplo prático dessa superioridade conceitual, podemos olhar para alguns episódios recentes.

Pelo conceito simples de dois trimestres de retração do PIB, a economia americana não entrou em recessão no início de 2020, sendo que aquele episódio trouxe a inflação para baixo nos meses seguintes e desencadeou a resposta mais violenta da história em termos de políticas monetária e fiscal expansionistas.

Já o NBER considera aqueles dois meses iniciais da pandemia como a recessão mais curta da história.

Por outro lado, se o PIB americano vier a registrar uma variação negativa neste 2º trimestre, por conta de um ajuste de estoques, teremos confirmada uma “recessão técnica”, uma vez que no 1º trimestre já foi observada uma contração do PIB devido à forte contribuição negativa do setor externo, em um período no qual as vendas finais domésticas, entretanto, cresciam pujantes 3% em termos anualizados.

Neste caso, a economia americana teria atravessado uma recessão neste 1º semestre de 2022, justamente um período no qual a taxa de desemprego alcançou novas mínimas, os dados de folha de pagamento seguem muito acima do patamar necessário para manter o mercado de trabalho sobreaquecido e as medidas de núcleo da inflação continuam rodando em patamares muito acima dos objetivos do Fed.

Safra Galileo ganha mesmo com cenário turbulento

A carta de gestão do Safra Galileo referente ao mês de junho mostra que a estratégia do fundo continua baseada na perspectiva de normalização das condições financeiras nos países desenvolvidos e nos impactos derivados da crise geopolítica no leste europeu.

No decorrer do mês, o Federal Reserve optou por acelerar o ritmo de aperto monetário, surpreendendo grande parte do mercado e provocando a elevação dos juros ao longo da curva americana, dando mais um passo na restrição das condições financeiras e tornando o ambiente ainda mais desfavorável para o mercado acionário americano.

Com isso, o Safra Galileo obteve ganhos consideráveis tanto na posição tomada em juros (que aposta no aumento das taxas), quanto vendida em bolsas americanas (que lucra com a desvalorização das ações).

Outros eventos internacionais que contribuíram para o desempenho do fundo foram a decisão do Banco Central Europeu de sinalizar o início do ciclo de alta de juros a partir de julho e a preocupação com a divergência de seus efeitos sobre os países do bloco. A conjuntura deixou o euro mais vulnerável, beneficiando as posições vendidas em euro e tomadas em juros europeus.

Olhando adiante, com o aumento de probabilidade do cenário recessivo americano e esperada recuperação da economia chinesa, a gestão ainda enxerga valor em perseguir estratégias tomadas em juros, embora em tamanhos menores, mantendo exposição significativamente vendida em bolsas americanas.

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