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Papai Noel no Ibovespa: último pregão antes do Natal bate recordes

Ibovespa tem maior pontuação no fechamento e também no intraday, um presente para os investidores no último pregão antes do Natal

Ibovespa recordes

Após sucessivos recordes, Ibovespa encerra semana perto dos 133 mil pontos | Foto: Getty Images

O Ibovespa acumulou alta de 2% na semana em que o Brasil aprovou a reforma tributária esperada há três décadas. No ano, o índice de referência do mercado de ações brasileiro registra valorização de 21%.
Nesta sexta-feira, o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,43%, aos 132.752,93 pontos, o maior nível de fechamento dos negócios da história do índice. A bolsa renovou a máxima nominal histórica também intraday. Na máxima desta sexta, o Ibovespa alcançou 133.035,32 pontos, maior nível intradiário da história da bolsa.

Os negócios foram favorecidos pelo resultado do índice de consumo (PCE), um dos indicadores de inflação avaliados na política monetária do banco central dos Estados Unidos, influenciando nos juros futuros e no rendimentos das Treasuries nos EUA.

O dólar caiu 0,53%, cotado a R$ 4,8616. Na semana, a queda é de 1,6%, e no ano, mais de 8%.

Maiores altas:

Enauta (ENAT3) +11,84%
Mitre (MTRE3) +7,52%
Banco Pine (PINE4) +6,51%
Springs (SGPS3) +6,25%
Embpar (EPAR3) +5,78%

Maiores quedas:

Recrusul (RCSL3) -21,54%
Sequoia (SEQL3) -7,50%
IRB (IRBR3) -6,24%
Mobly (MBLY3) -4,89%
Azevedo e Travassos (AZEV4) -4,74%

Juros acompanham os Treasuries no último pregão antes do Natal

No último pregão antes do Natal, os juros futuros encerraram a sessão em níveis muito próximos aos ajustes do dia anterior, em movimento bastante alinhado ao observado nos rendimentos dos Treasuries. Os agentes repercutiram hoje os dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos Estados Unidos, ligeiramente abaixo das estimativas de consenso e também acompanharam o último dia do ano de trabalhos legislativos no Congresso Nacional, com a aprovação do Orçamento 2024.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 permaneceu em 10,055%; a do DI para janeiro de 2026 oscilou de 9,60% para 9,62%; a do DI para janeiro de 2027 foi de 9,70% para 9,715%; e a do DI para janeiro de 2029 recuou de 10,095% para 10,08%.

A liquidez da sessão também foi bastante reduzida, diante da proximidade do Natal. Apenas R$ 36 bilhões foram negociados no contrato para o DI janeiro/25, frente a uma média diária de R$ 62 bilhões em 2023.

Os juros futuros iniciaram o pregão em níveis próximos aos ajustes, mas chegaram a tocar mínimas com o dado de inflação menor do que o esperado nos Estados Unidos. O PCE caiu 0,1% em novembro, diante de uma expectativa de leitura estável. Já o núcleo – que exclui alimentos, energia e outros produtos voláteis – também mostrou esfriamento, subindo 0,1%, ante 0,2% no mês anterior.

“Nesta semana, houve uma tentativa renovada de algumas autoridades do Fed de se opor às expectativas do mercado em relação a cortes nas taxas de juros, mas, com o núcleo da inflação PCE em um ritmo anualizado abaixo de 2% nos últimos seis meses, essa última onda de ‘hawks’ não está enganando ninguém. Há cada vez mais evidências de que o susto da inflação pós-pandemia acabou e esperamos que as taxas de juros sejam cortadas significativamente no próximo ano”, apontam profissionais da Capital Economics.

O dado deu força à perspectiva de cortes de juros nos EUA. Segundo a ferramenta do CME Group, a probabilidade implícita de uma redução nos Fed Funds na reunião de março já supera os 88% e a precificação total de cortes é de 1,5 p.p. até o fim de 2024.

O rendimento da T-note de 2 anos caiu de 4,339% para 4,336%, enquanto a taxa da T-note de 10 anos oscilou de 3,887% para 3,897%. Na Europa, após dados mais fracos do PIB do Reino Unido, o gilt de 10 anos cedeu de 3,535% para 3,502%.

Medidas fiscais no Brasil derrubam os juros

Já no Brasil, agentes acompanharam o último dia de atividades do Congresso Nacional antes do recesso, com a aprovação do Orçamento de 2024. O Santander chama a atenção para as medidas aprovadas no Congresso durante a semana.

“O Congresso aprovou a reforma tarifária e algumas das medidas de aumento de receita, que ajudarão o governo a perseguir a meta de 0% do PIB de resultado primário no próximo ano. Além disso, a agência S&P elevou a classificação da dívida brasileira na terça-feira”, apontam.

Assim, segundo os profissionais, a curva de juros nominal se deslocou para baixo e perdeu inclinação nesta semana. Nos cálculos do banco, desde a última quinta-feira, 14 de dezembro, a ponta curta da curva (representada pelo futuro de DI com vencimento em jan-26) caiu 12 pontos-base. para 9,61%, e a ponta mais longa da curva (representada pelo futuro de DI com vencimento em jan-31) recuou 20 pontos-base. para 10,31%, fazendo a inclinação da curva neste segmento da curva cair 8 pontos-base, para 71 pontos-base.

“Dado o rali recente, não vemos nenhum prêmio na parte curta da curva, enquanto, na barriga da curva, acreditamos que o DI jan-27 tenha mais prêmio quando comparado ao DI jan-26. Por fim, dado o ciclo de flexibilização monetária, as incertezas fiscais e as perspectivas globais, acreditamos que a curva de juros deverá voltar a se inclinar mais à frente”, concluem. (Valor Econômico)

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