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Indústria fica estável em junho e acumula alta de 13% no semestre

IBGE aponta estabilidade nos dados da produção industrial em junho, e crescimento acumulado em 12 meses de 6,6%

Produção da indústria

A indústria acumula alta de 22,6% no segundo trimestre de 2021 e de 12,9% no primeiro semestre | Foto: Getty Images

A produção industrial ficou estável em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após avançar 1,4% em maio último, quando interrompeu três meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 4,7%.

Em relação a maio de 2020, a produção subiu 12%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de uma alta de 6,8% a 16,1%, com mediana positiva de 12,5%. A indústria acumula alta de 12,9% no ano de 2021. Em 12 meses, a produção acumula alta de 6,6%.

A produção da indústria de bens de capital cresceu 1,4% em junho ante maio. Na comparação com junho de 2020, o indicador avançou 54,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE. No acumulado em 12 meses, houve elevação de 20,4% na produção de bens de capital.

Segundo André Macedo, pesquisador do IBGE, foi a terceira alta seguida, na comparação de um mês ante o imediatamente anterior. No acumulado desses três meses até junho, a alta chega a 5,9%, ainda insuficiente para recuperar as perdas registradas em fevereiro e março, quando a produção de bens de capital apresentou queda de 9,5%.

Indústria de bens de consumo tem queda de 0,9%

As demais categorias ficaram no negativo na passagem de maio para junho. Em relação aos bens de consumo, a produção registrou queda de 0,9% na passagem de maio para junho. Na comparação com junho de 2020, houve elevação de 6,0%. No acumulado em 12 meses, a produção de bens de consumo cresceu 3,2%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção recuou 0,6% em junho ante maio. Em relação a junho de 2020, houve alta de 31,0%. Em 12 meses, a produção subiu 11,4%.

Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve queda de 1,3% na produção em junho ante maio. Na comparação com junho do ano anterior, a produção subiu 1,6%. A taxa em 12 meses ficou positiva em 1,2%.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 0,6% em junho ante maio. Em relação a junho do ano passado, houve uma alta de 10,8%. No acumulado em 12 meses, os bens intermediários tiveram alta de 7,2%.

Assim como na passagem de maio para junho, o índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou variação nula em junho.

Setores que pesaram negativamente

Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,8%), que voltou a recuar após crescer nos meses de abril (1,6%) e maio (0,3%); celulose, papel e produtos de papel (-5,3%), com o terceiro mês seguido de queda e acumulando nesse período perda de 8,4%; e produtos alimentícios (-1,3%), eliminando parte do avanço de 2,9% registrado em maio.

Outras contribuições negativas importantes foram: produtos de metal (-2,9%), indústrias extrativas (-0,7%), produtos diversos (-5,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%), móveis (-5,2%) e outros produtos químicos (-0,8%).

Atividades que apresentaram crescimento

Por outro lado, entre as onze atividades que apontaram crescimento na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%) exerceu o principal impacto positivo nesse mês, intensificando a expansão de 2,7% observada em maio último.

Vale citar também os avanços nos ramos de máquinas e equipamentos (2,9%), de outros equipamentos de transporte (11,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (6,0%) e de impressão e reprodução de gravações (12,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis (-1,3%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em junho de 2021, eliminando parte do avanço de 3,6% registrado em maio, quando interrompeu três meses seguidos de queda, período em que acumulou redução de 11,5%.

Outros resultados negativos vieram dos segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%), a sétima queda seguida e acumulando nesse período perda de 16,7%; e de bens intermediários (-0,6%), recuando 2,3% em três meses consecutivos de queda.

Por outro lado, o setor produtor de bens de capital (1,4%) apontou a única taxa positiva em junho de 2021, a terceira expansão seguida nessa comparação e avançando 5,9% nesse período.

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