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Emprego recupera perdas da pandemia em indicador antecedente da FGV

Indicador Antecedente de Emprego da FGV sobe 4,2 pontos para 87,6, maior nível desde fevereiro de 2020, antes da pandemia

Carteira de trabalho sobre teclado

Avanço da vacinação e controle da pandemia continuam sendo fundamentais para o processo de retomada, segundo a FGV | Foto: Getty Images

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 4,2 pontos na passagem de maio para junho, para 87,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O indicador alcançou o maior nível desde fevereiro de 2020, quando estava em 92,0 pontos antes do início da pandemia no Brasil. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp subiu 3,5 pontos.

“O mercado de trabalho começa a dar sinais de recuperação. O indicador antecedente de emprego fechou o segundo trimestre recuperando as perdas sofridas no início do ano e retornando ao maior patamar desde o início da pandemia. A recuperação econômica, a redução do número de mortes por covid e a flexibilização das medidas restritivas parecem contribuir com a melhora do cenário. A expectativa para os próximos meses é de continuidade dessa recuperação, mas ainda existe muita incerteza. O avanço da vacinação e o controle da pandemia continuam sendo fundamentais para o processo de retomada”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Indicador antecedente combina dados de pesquisas da FGV

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV.

O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País. Em junho, todos os sete componentes registraram avanços. A contribuição mais positiva foi a do item que mede a tendência dos negócios no setor dos Serviços, com aumento de 8,1 pontos, o que respondeu por 24% da melhora do indicador agregado.

O último dado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado dia 1º de julho, mostra que após a criação de 116,4 mil empregos em abril, o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo 280,6 mil carteiras assinadas em maio.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  a taxa de desemprego do Brasil se manteve no nível recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril, atingindo 14,8 milhões de pessoas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

Esta taxa de desemprego é a maior registrada no Brasil desde 2012 e está 2,1 ponto percentual (p.p.) acima do mesmo período de 2020 – quando chegou a 12,6%. (AE)

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