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Inflação da salada chega às centrais de abastecimento

Estrago das geadas na produção de hortaliças e frutas eleva preços nas centrais de alimentos e pressiona a inflação medida pelo IPCA

frutas e verduras

Principais altas de preços foram as de tomate, cenoura e alface, informa a Companhia Nacional de Abastecimento | Foto: Getty Images

Os preços de hortaliças comercializadas nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) subiram de preço em decorrência das geadas que atingiram o Brasil.

As principais altas foram as de tomate, cenoura e alface, informa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira, 17.

A pesquisa da Conab referente aos preços de julho considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Inflação da salada é provocada por geadas

A cenoura teve mais de 50% de alta nos mercados atacadistas em cinco Estados analisados. Em Vitória (ES), o avanço alcançou 64,57%. A queda na quantidade de cenouras nos mercados analisados foi de quase 10% na comparação com junho e de 6% ante julho/2020 em decorrência das baixas temperaturas e do intervalo entre a safra de verão e a de inverno, que está começando.

“Para o início de agosto, os preços continuam em níveis elevados, porém menores do que os registrados em julho”, informa a Conab em comunicado.

Já o tomate, segundo o órgão, deve continuar se valorizando no atacado, impulsionado pelas baixas temperaturas que atrasam a colheita e reduzem a oferta. Em julho, houve também geadas.

Batata não escapa da geada 

Cebola e batata foram na direção contrária e recuaram no mês passado. A batata foi pressionada pela oferta farta até meados de julho – este mês, porém, a tendência é de alta nos preços, segundo a Conab, porque as geadas alteraram os produtos que serão colhidos. O preço da cebola caiu porque a produção em Goiás, Minas Gerais e São Paulo aumentou.

As frutas, em geral, também se valorizaram por causa do tempo mais frio, de acordo com a Conab. “Com isso, os preços permaneceram em bons patamares, mesmo na presença de demanda fraca”, afirma o órgão.

O mamão registrou alta nos preços por causa da oferta restrita. Já a banana teve oscilações de preços a depender da demanda no varejo e da intensidade de vendas da variedade prata.

O Índice de Preços da Ceagesp, usado para medir variações no entreposto de São Paulo, terminou julho com avanço de 11,2% motivado por geadas no Centro-Sul do Brasil. Mesmo assim, no acumulado do ano, o resultado ainda é de queda de 8,4%. A expectativa é de preços firmes em agosto com a volta às aulas. (AE)

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