close

Italo Ferreira conquista medalha de ouro no surf

Surfista brasileiro conquista primeira medalha de ouro do Brasil na estreia do surf como esporte olímpico em Tóquio

Surfista quebrando onda

O surfista de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, ganhou do japonês Kanoa Igarashi na final | Foto: Reprodução

A primeira medalha de ouro do surf nos esportes olímpicos é do Brasil, conquistada pelo surfista Italo Ferreira. Foi também a primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

A conquista foi na madrugada desta terça-feira, 27, pelo horário de Brasília (tarde de terça no Japão). O surfista de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, ganhou do japonês Kanoa Igarashi na final. O pódio ainda teve o australiano Owen Wright, que ficou com o bronze ao superar o brasileiro Gabriel Medina.

“Estou muito feliz. Foi um dia incrível, especial. Trabalhei muito para isso e acreditei. É fantástico ser o primeiro campeão olímpico do surfe”, disse Italo.

O resultado coroa o ótimo momento de Italo, que é o atual campeão mundial e em 2019 ganhou o ISA Games, que foi realizado no Japão. O brasileiro chegou ao resultado mostrando muitas manobras ousadas e acertando aéreos incríveis, mesmo com a perna um pouco machucada há algum tempo.

Na final, ainda passou sufoco quando sua prancha quebrou e ele precisou trocar. Mas no final venceu por 15,14 a 6,60 e ficou com o ouro.

https://twitter.com/Brasil_oli21/status/1419921498266128385

Italo Ferreira e Gabriel Medina estão no Circuito Mundial de Surf

Italo se sentiu em casa no Japão. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) montou uma estrutura bem perto do local de competição e lá ele, Gabriel, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb dormiam, se cuidavam e faziam as refeições. Tinha até arroz com feijão.

Outro fator de conforto era com o tipo de onda, o chamado Beach Break, que são praias com fundo de areia. É bem parecido com o que tem em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, onde Italo cresceu.

“No Nordeste tem muitas praias assim com vento constante, então tentei tirar proveito disso”, explicou, mostrando o segredo de acertar tantos aéreos mesmo em condições adversas.

Ítalo é filho de pescador e conta que aprendeu a surfar usando as tampas de caixas de isopor que o pai usava para refrigerar os peixes. Foi assim que começou a percorrer suas primeiras ondas. “É uma vitória incrível pois eu vim de baixo. Por isso treino bastante”, explicou.

As conquistas no Japão reforçam a importância para o Brasil da entrada das duas modalidades radicais no programa olímpico, surfe e skate. Elas foram responsáveis por três pódios até agora e comprovaram o potencial do País nos dois esportes. Isso sem contar que ainda haverá a competição de skate park, na qual a equipe nacional tem alguma chance, principalmente no masculino.

Após a disputa da Olimpíada, Medina e Italo vão agora para o próximo desafio, o Circuito Mundial de Surfe. Eles estão na primeira e segunda posições, respectivamente, e têm tudo para brigar por mais um título mundial. A próxima etapa será o Corona Open México, em Barra de La Cruz, Oaxaca, entre os dias 10 e 19 de agosto. (Com AE)

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra