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Banco do Japão eleva os juros pela primeira vez em 17 anos

Com a decisão, Banco do Japão encerra a última politica monetária com juros negativos do mundo; confira os destaques do dia

Japão juros

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,72% no último pregão, cotado a 5.039,00 pontos | Foto: Getty images

O Banco Central do Japão fez sua primeira alta de juros em 17 anos, encerrando a última política de taxas de juros negativas do mundo, mas indicou que condições financeiras continuarão relaxadas.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou alta de +0,17% no último pregão, cotado a 126.954,18 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, a primeira resistência fica em 131.500 pontos e a segunda em 134.300. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.500. O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.  

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,72% no último pregão, cotado a 5.039,00 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.940 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.860. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.045 e a segunda em 5.145.

Exterior:

Bolsas na Europa apresentam alta e futuros nos EUA indicam abertura em leve queda. A agenda do dia é fraca, com destaque para dados de moradias nos EUA e para decisão sobre taxas de empréstimos na China na parte da noite.

Doméstico:

A pesquisa Focus é destaque da agenda doméstica. O IBC-BR, divulgado ontem, consolidou a visão de atividade forte ao apresentar expansão de 0,6% na comparação mensal, dentro das expectativas de consenso de mercado. De acordo com o Valor, o governo quer agilizar o envio de projeto que muda o IR no mercado financeiro, com o objetivo de incentivar o financiamento das empresas e o acesso ao crédito por meio do mercado de capitais.

Commodities:

Petróleo apresenta ligeira queda (USD86,6/b; 0,29%)

Minério de ferro registrou alta (USD106,7/t; 2,76%)

Empresas:

Braskem: Cia divulgou vendas líquidas em linha no quarto trimestre e prejuízo líquido menor do que esperado

Americanas: Cia adiou a divulgação das demonstrações financeiras de 2023 e informações trimestrais, que estavam agendadas para os dias 26 de março e 15 de maio, para até 28 de maio

StoneCo: Cia despencou até 18% nas negociações pós-mercado depois de anunciar que o cofundador André Street deixará o cargo de chairman

Gol: Administração decide retirar projeções para 2024

Positivo Tecnologia: Cia acerta compra da Algar TI Consultoria por R$ 235 milhões

BYD: Empresa amplia em 80% investimento na fábrica de Camaçari

Agenda do Dia:

08:25 – Brasil – Pesquisa Focus

09:30 – EUA – Início de novas construções/Fevereiro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 126.954 (+0,17%)

S&P: 5.149 (+0,63%)

Dólar Futuro: R$5,04 (+0,72%)

Atualizações Safra:

Vivara: Mudanças na administração

Na sexta-feira (15), a Vivara anunciou que o Conselho de Administração elegeu Nelson Kaufman como CEO após a renúncia de Paulo Kruglensky (antigo CEO). O Sr. Kruglensky trabalhou na empresa nos últimos 17 anos, sendo os três últimos como CEO. O Sr. Kaufman fundou a Vivara na década de 1960, liderando seu primeiro ciclo de expansão e desenvolvimento.

Hoje (18), a empresa realizou uma teleconferência para discutir o anúncio com o mercado. Os principais tópicos discutidos foram:

(i) causa da mudança – o Sr. Kruglensky deixou a empresa para buscar outros projetos pessoais, enquanto a nomeação do Sr. Kaufman visa melhorar a eficiência da empresa;

(ii) sucessão – a administração enfatizou que a empresa tem capital humano suficiente para suportar qualquer mudança futura de gestão, embora não tenha especificado qualquer prazo ou processo relacionado a isso;

(iii) planos estratégicos – a empresa expressou sua intenção de expandir para o exterior.

Uma forte reação do mercado: As ações despencaram 14%. De acordo com o feedback recebido dos investidores, as principais preocupações sobre as mudanças na administração e suas implicações estão relacionadas a:

(i) governança – a mudança foi inesperada e não parece ter sido planejada; e

(ii) alocação de capital e expansão internacional – os investidores estão preocupados com o lado positivo de um esforço no exterior em comparação com as oportunidades no Brasil (especialmente relacionadas ao segmento de Life) e/ou se a expansão internacional está relacionada a possíveis oportunidades locais limitadas.

Opinião do Safra sobre a Vivara: Compartilhamos as preocupações do mercado sobre questões de governança e, em nossa opinião, a expansão internacional deve ser desafiadora, pois a empresa não teria os três principais pilares de seu sucesso no Brasil:

(i) uma marca conhecida e desejada;

(ii) sua produção local e verticalizada; e

(iii) um amplo canal de distribuição com lojas em quase todos os estados do país. Portanto, reiteramos nossa recomedação Neutra para a ação.

Secex – Terceira semana de março: Volumes fracos sequencialmente, preços mistos

Os volumes perderam força sequencialmente, mas permanecem em níveis historicamente bastante altos. Os dados da Secretaria de Comércio Exterior do Brasil (Secex) para a terceira semana de março trouxeram volumes gerais fracos sequencialmente após uma segunda semana forte para aves e suínos, com preços mistos entre as diferentes proteínas. A carne bovina está se recuperando em relação ao ano anterior devido à facilidade de comparação devido à proibição das exportações da China no ano passado, enquanto a carne de frango e a carne suína permanecem em níveis historicamente altos. Atualmente, consideramos que a fraqueza dos preços nas exportações de proteínas é mais preocupante para as aves e suínos do que para a carne bovina, já que os custos dos insumos (preços dos grãos) para as duas primeiras aumentaram ligeiramente de forma sequencial, enquanto os preços do gado continuaram a cair mais do que os preços da carne bovina.

Grupo SBF – Resultados do 4T23: Encerrando 2023 em alta; forte geração de caixa e redução da alavancagem

O Grupo SBF registrou uma sólida melhora de 32% no EBITDA (em linha com o Safra, mas acima do consenso) devido à maior eficiência nas despesas gerais, administrativas e com vendas, compensando a menor margem bruta da Fisia. Essa melhora, aliada a uma melhor dinâmica de capital de giro, levou a uma geração de caixa operacional de R$949 milhões no 4T23, comparado a R$412 milhões no 4T22. Essa forte geração de caixa resultou em uma redução da dívida líquida em relação ao EBITDA para 1,4x no 4T23, comparado a 3,0x no 3T23 e 1,8x no 4T22.

Nossa opinião. Depois de mais de um ano de ajustes operacionais (estoques, custos e estruturas de despesas), a SBF encerrou 2023 em alta, com uma forte redução da alavancagem em função de uma melhor dinâmica de capital de giro e de uma estrutura de custos simplificada. Consequentemente, a empresa entra em 2024 em uma posição melhor, com uma operação mais eficiente e um balanço patrimonial sólido, o que deve levar a ganhos melhores. Assim, vemos a ação sendo negociada a um P/L atraente de 10x em 2024 e reiteramos nossa recomendação de Compra

Magazine Luiza – Resultados do 4T23: Consumo de caixa permanece elevado em mais um trimestre repleto de ajustes

Em um trimestre sem grandes surpresas na receita (-3% vs. Safra), o Magalu reportou um EBITDA ajustado de R$757 milhões, apenas 2% acima da nossa estimativa, mas 19% acima do ano anterior. No entanto, devemos observar que os ajustes totalizaram R$208 milhões, ou 27% do total do EBITDA ajustado. Em termos de resultado final, o valor ajustado foi de R$102 milhões, comparado à nossa estimativa de R$13 milhões e ao prejuízo líquido de R$39 milhões no 4T22. No entanto, nossa maior preocupação com o Magalu permanece: A empresa registrou uma queima de caixa (aumento da dívida líquida) de R$1,7 bilhão nos últimos 12 meses (comparado a R$1,2 bilhão nos últimos 12 meses no 3T23), mesmo considerando o acordo com a Cardiff, que teve um impacto positivo de R$1,0 bilhão no período, mas também foi impactado negativamente pelo pagamento de R$529 milhões pela aquisição da KaBum.

Opinião sobre o Magazine Luiza

Os resultados do 4T23 reforçam nossa visão cautelosa da MGLU, especialmente no que diz respeito à sua dinâmica de fluxo de caixa e seu capital de giro muito exigente, que, em nossa opinião, ofusca o primeiro resultado positivo em algum tempo. Portanto, mantemos nossa recomendação Neutra para a ação.

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