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José Pastore prevê melhora do emprego a partir de março

Presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da entidade fala sobre a retomada do emprego formal no País. Assista

Especialista em mercado de trabalho José Pastore prevê crescimento do emprego em 2022

O nível de emprego no Brasil pode começar a melhorar de forma mais expressiva a partir de março, na opinião do economista José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FecomercioSP.

Em live promovida pelo Banco Safra, em parceria com o Estadão, ele disse que o mercado está recuperando por enquanto apenas parte do estrago causado pela pandemia. Mas a situação pode começar a melhorar se o contágio do coronavírus desacelerar rapidamente, como ocorreu em outros países.

“Se a ômicron tiver queda rápida como nos demais países, podemos ter boas notícias no campo do emprego a partir de março”, afirmou o especialista em mercado de trabalho.

Segundo ele, existe um grande avanço já contratado, pelas últimas concessões de serviços e obras públicas para a iniciativa privada. O 5G, por exemplo, prevê grandes investimentos na instalação de infraestrutura.

“Investimentos em infraestrutura trazem ganhos em outras áreas”, explicou, lembrando que o caixa dos estados e prefeituras também está cheio, e muitas obras serão tocadas neste ano eleitoral.

Ele destacou que o agronegócio e o mercado de minérios tendem a continuam crescendo e também favorecem o emprego e a renda.

Outro fator que beneficia a renda são os programas sociais, especialmente para a população de menor rendimento familiar.

Segundo Pastore, a recente queda do desemprego para 11,6% divulgada pelo IBGE ainda é tímida. “As empresas estão recompondo seus quadros depois do grande enxugamento em 2020, quando houve uma devastação destruidora dos empregos formais”, afirmou ele.

Crescimento do emprego depende da situação da pandemia, afirma José Pastore

Ele lembrou que a taxa de desemprego era de apenas 4,8% em 2014, graças a dois anos muito bons para as commodities e incentivos do governo ao consumo interno. “Foi melhor do que o índice considerado pleno emprego”.

Sobre a possível recuperação do mercado de trabalho a partir de março, ele considera que “não será nada retumbante, mas vai ser melhor que 2021, se a ômicron permitir”.

Ele destaca que tudo vai depender da situação sanitária. “Se vier uma nova onda, essas projeções otimistas podem virar devaneios”, admite.

“O emprego de hoje é o investimento de ontem”, afirmou Pastore, defendendo a lei trabalhista atual, que segundo ele dá mais segurança para as contratações.

Ele defendeu a reforma administrativa como a melhor alternativa para o crescimento econômico e melhoria do emprego.

“A reforma que desafia todos os governos é a reforma para reduzir as graves desigualdades da economia brasileira, ou seja, uma grande reforma da gestão de recursos humanos na administração pública”, afirma. “A reforma administrativa já deveria ter sido feita há muito tempo”.

José Pastore foi o entrevistado desta terça-feira, 8, da série Cenários, com transmissão ao vivo e aberta pelo YouTube. A série é conduzida pela jornalista Sonia Racy, do Estadão.

Todas as entrevistas da série Cenários podem ser assistidas por este link.

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