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J. Safra Brazil Conference debate oportunidades de investimento

Mais de cinco mil interações entre empresas foram registradas no primeiro dia do evento promovido pelo Banco J. Safra no Grand Hyatt, em São Paulo

J. Safra Brazil Conference

Megaevento do J. Safra debate oportunidades e desafios da economia no Brasil e no mundo | Foto: Divulgação

Mais de mil empresários e executivos de finanças participam do J.Safra Brazil Conference, que termina hoje no espaço de convenções do hotel Grand Hyatt, em São Paulo. Segundo Evandro Pereira, Head de Equities & Investment Banking do Banco J. Safra, mais de 1.400 participantes estiveram ontem e hoje no evento. Segundo ele, foram computadas até a manhã desta quarta-feira 5,5 mil interações entre empresas abertas e investidores, paralelamente às apresentações. Além disso, cerca de 900 empresas participaram de 770 reuniões de negócios.

Philipp Bärtschi, Chief Investment Officer da J. Safra Sarasin, afirmou que embora exista a percepção de que o mundo está entrando em uma fase de acomodação de preços, a curva de desinflação pode estar mais distante do que parece, avalia. Três fatores devem puxar os índices de inflação para cima nos próximos anos: custos associados à desglobalização; questões demográficas como envelhecimento da população e queda da imigração; e os efeitos ligados à descarbonização da economia, como a transição energética e um novo superciclo de commodities.

J. Safra Brazil Conference reúne empresários e executivos de finanças em São Paulo

Para investidores, Bärtschi recomenda três opções preventivas: CoCo Bonds (títulos de dívida conversíveis em ativos), investimentos em setores que podem se beneficiar da desglobalização e mudanças demográficas; e alocação de capital em commodities ascendentes, como mineração.

Os desafios do Brasil no atual cenário global foram abordados na abertura do segundo dia pelo embaixador Rubens Barbosa. Segundo ele, o Brasil enfrenta hoje o dilema de sustentar valores culturais e democráticos ocidentais, tendo uma dependência cada vez maior da relação bilateral de exportações e investimentos com a Ásia. Ele acredita que o conceito de uma nova guerra fria não se aplica, pelo novo contexto com a globalização e interdependência econômica entre EUA e China. O lado negativo é que os países tomam decisões mais baseadas em temas de defesa e soberania, o que não beneficia o setor produtivo.

Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (o Banco dos Brics), acredita que isso representa uma oportunidade para o Brasil navegar entre os blocos do ocidente e anti-ocidente, mas há uma cobrança para que o país siga com as reformas.

Tributação de investimentos no exterior preocupa investidores

Para Ricardo Lacaz Martins, sócio do Lacaz Martins, Pereira, Neto, Gurevich & Schoueri Advogados, as novas propostas de tributação de investimentos brasileiros no exterior, como o projeto de lei de taxação de offshores e a medida provisória dos fundos fechados, deverão levar a uma nova rodada de análises sobre os prós e os contras de diversas modalidades de aplicações financeiras.

Embora ainda estejam na pauta de discussão do Congresso, Lacaz destaca os esforços que o governo deverá continuar a dedicar para aprovar as medidas. “Precisaremos reavaliar os benefícios. No caso de fundos fechados, estratégias ligadas a planejamentos patrimoniais familiares podem continuar a oferecer algumas vantagens para distribuir recursos entre herdeiros e sucessores”, afirmou em painel no J.Safra Brazil Conference.

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