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Lucro do Goldman Sachs cai pela metade, mas supera expectativa do mercado

Resultado do banco americano no 2º trimestre ficou em US$ 2,93 bilhões, mas lucro por ação superou projeção em US$ 1,17

Interior do Goldman Sachs, com destaque de painel de acrílico com logo do banco em branco

Receita do Goldman Sachs sofreu queda anual de 23% no último trimestre, a US$ 11,86 bilhões, mas também superou o consenso de mercado | Foto: Divulgação

O Goldman Sachs teve lucro líquido de US$ 2,93 bilhões no segundo trimestre de 2022, valor 47% menor do que o ganho de igual período do ano passado, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira, 18.

No entanto, o lucro por ação do banco americano entre abril e junho, de US$ 7,73, ficou bem acima do consenso de analistas consultados pela FactSet, de US$ 6,56. Já a receita do Goldman sofreu queda anual de 23% no último trimestre, a US$ 11,86 bilhões, mas também superou o consenso da FactSet, de US$ 10,78 bilhões.

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O resultado final do Goldman Sachs é mais um que não escapou à onda de quedas no lucro no segundo trimestre entre os bancos dos EUA.

JP Morgan, maior banco dos EUA, teve uma queda de 28% no lucro do segundo trimestre na comparação anual e ganho de US$ 2,76 por ação, abaixo do consenso de mercado de US$ 2,89.

O Citigroup teve lucro líquido de US$ 4,5 bilhões no segundo trimestre de 2022, valor 27% menor do que o ganho apurado em igual período do ano passado.

No entanto, o lucro por ação do banco americano entre abril e junho, de US$ 2,19, ficou bem acima do consenso de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,68.

Já o Morgan Stanley registrou queda de 40% no lucro em base anual. O ganho por ação ficou em US$ 1,44, em termos ajustados, aquém do consenso que previa US$ 1,56.

Por fim, o Bank of America registrou ganho de US$ 6,2 bilhões nos três meses encerrados em junho, uma perda de 32% ante o mesmo intervalo do ano passado.

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Visão do Goldman Sachs para o cenário

O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, afirmou nesta segunda-feira que não restam dúvidas de que o ambiente ficou mais complicado, com uma combinação de condições macroeconômicas e geopolíticas causando impacto significativo nos preços dos ativos, atividade de mercado e na confiança.

Neste cenário, as mudanças de política monetária vão pesar na economia e a resposta quanto à inflação é "incerta".

"Vemos a inflação profundamente enraizada na economia. E o que é incomum nesse período em particular é que tanto a demanda quanto a oferta estão sendo afetadas por eventos exógenos, nomeadamente, a pandemia e a guerra na Ucrânia", disse Solomon, em teleconferência com analistas e investidores, nesta manhã, para comentar os resultados do Goldman Sachs no segundo trimestre.

Segundo ele, CEOs de negócios globais com os quais dialoga têm dito que continuam a ver uma "inflação persistente" enquanto os economistas do banco preveem sinais de trégua nos preços no segundo semestre deste ano.

"A resposta é incerta. E todos nós estaremos observando de perto", disse o CEO do Goldman. "Diante de tudo isso, estamos vendo mudanças na política monetária e essas mudanças continuarão nas condições econômicas", emendou.

Neste cenário, o banqueiro de Wall Street disse que prevê mais "volatilidade e incertezas". Ele usou as palavras "cautela" e "dinamismo" para se referir à forma com a qual a instituição que comanda está tocando os seus negócios e canalizando seus recursos em meio a um quadro de temor de recessão na maior economia do mundo. (AE)

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