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Energia mais barata vira estratégia de crescimento

Presidente Luís Inácio Lula da Silva quer conter preços de energia e combustíveis para estimular o crescimento da economia

Energia transmissão

O desafio do Ministério de Minas e Energia é garantir suprimento de energia com menor custo possível, afirma ministro | Foto: Getty Images

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (19) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem passado a orientação de combater as “distorções” na política de preço da energia elétrica e dos combustíveis. A declaração foi dada no intervalo para almoço da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que, pela segunda vez este ano, contou com a presença do chefe do Executivo.

“O presidente Lula tem deixado claro que precisamos buscar uma solução para manter tanto o preço dos combustíveis quanto o preço da energia elétrica em condições de serem impulsionadores da economia, geradores de emprego e renda, mas principalmente trabalharmos de forma vigorosa, com muita coragem para poder enfrentar as distorções, em especial, do setor elétrico a fim de manter o preço da energia em condições melhores para os consumidores brasileiros, em especial, o consumidor regulado”, disse Silveira, em entrevista a jornalistas.

De acordo com o ministro, o CNPE tratou, entre outros temas, da política nacional de transição energética. Segundo ele, ela será estratégica para estimular a economia brasileira dentro da nova lógica de processo com baixa emissão de poluentes. Ele defendeu que é preciso estimular a fabricação de produtos manufaturados, com possibilidade de exportar “aço verde”, por exemplo.

Energia a custo baixo vira estratégia de crescimento

Silveira reafirmou que a transição energética no Brasil deve ser “justa e inclusiva”. “O Brasil, mais uma vez destaco, é o grande líder da transição energética porque o povo brasileiro já pagou por ela, com 88% de energia limpa e renovável”, disse o ministro, se referindo à atual configuração da matriz elétrica do país.

“O grande desafio do Ministério de Minas e Energia é garantir suprimento de energia com menor custo possível”, afirmou o ministro.

Questionado sobre a nova agenda de leilões de exploração e produção de óleo e gás, Silveira afirmou que o assunto está na pauta de hoje do CNPE, mas pode ser deliberado só no próximo encontro do conselho, no ano que vem.

Perguntado sobre a ajuda prometida ao Amapá, no valor de R$ 350 milhões, Silveira afirmou que a solução ainda está sendo desenhada. Ele lembrou que o governo anterior contratou empréstimos “caríssimos” de R$ 15 bilhões, na pandemia (Conta-covid), e R$ 5 bilhões, da crise hídrica (Conta-Escassez hídrica), que encarece a conta dos consumidores nos anos seguintes. Sobre a possibilidade do Tesouro entrar com algum recurso, respondeu: “A princípio não, mas nada está descartado”. (Valor Econômico)

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