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Maior potencial de ganhos na Bolsa está no índice de Small Caps

Com o fim do ciclo de aperto monetário, papéis que compõe o SMALL B3 têm maior potencial de crescimento nos próximos meses

Mercado financeiro

As ações do índice de Small Caps são negociadas a 8,2 vezes o lucro e, historicamente, esta relação é de até 14 vezes | Foto: Getty Images

O Índice de Small Caps (SMLL B3) é que o tem o maior potencial de crescimento dentro dos referenciais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Isto porque os papéis que compõe a carteira de empresas de baixa capitalização estão com desconto maior do que os demais índices.

“O SMLL B3 normalmente vai melhor do que o Ibovespa, pois, é composto por empresas menores e com espaço maior de valorização”, explica o especialista Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra.

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Segundo Cauê Pinheiro, as ações do índice de Small Caps (SMLL B3) são negociadas a 8,2 vezes o lucro e, historicamente, esta relação é de até 14 vezes. Existe um desconto atualmente de pelo menos 40%, segundo ele.

No Ibovespa, por exemplo, que é o principal índice da B3, os papéis são negociados por um múltiplo de 6,9 vezes o lucro, e normalmente chegam a 11,2 vezes.

Para se ter uma ideia, o índice de Small Caps está com uma desvalorização de 2,81% no ano até outubro, em comparação ao mesmo período de 2021. Já o Ibovespa acumula alta de mais de 9%. Isso significa que há um potencial de crescimento represado.

Outros índices da B3, como o de dividendos (IDIV) e o de sustentabilidade (ISE), também têm potencial menor do que o SMLL B3. O IDIV está negociando a um múltiplo de 6,14 vezes, sendo que a média é de 10,5 vezes.

Já o ISE tem múltiplo de 10,5 vezes e historicamente o referencial é de 13,43 vezes.

“É um bom momento para se investir no SMLL B3, porque o índice é composto de ações mais ligadas à economia doméstica e que podem se beneficiar com o fim do ciclo de aperto monetário”, afirmou o estrategista do Safra.

Entre os papéis que têm maior potencial de valorização e podem puxar o índice para cima, se destacam as construtoras, como Direcional, JHSF, Ezetec e Cyrela. Com os juros referenciais estabilizados em 13,75% ao ano e com viés de queda, a tendência é de que as taxas dos financiamentos imobiliários fiquem menores, movimentando o setor.

O segmento de locação, conforme Pinheiro, também está entre as opções de investimentos mais atrativas e que podem puxar o índice de Small Caps. “Com o fim do ciclo de alta de juros, a tendência é que estas ações comecem a andar.”

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