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Mortes por covid caem 23% em SP após restrições

Governo anunciou queda no número de mortes e internações e o pedido de testes junto à Anvisa da vacina Butanvac

Importação de insumos será reduzida com nova vacina que está sendo desenvolvida pelo Butantan | Foto: Divulgação

O número de mortes por covid-19 no Estado caiu 23% em relação à semana anterior, informou o governo de São Paulo. Atualmente, a média diária das mortes em decorrência de casos graves da covid-19 é de 621 nesta semana epidemiológica, contra 813 no período anterior.

A média de casos também caiu desde a última semana, em 14,3%, passando de de 14.921 para 12.784 infectados.

O auge de casos foi verificado três semanas atrás, com 16.453 casos na semana epidemiológica verificada entre os dias 4 e 10 de abril.

Já as internações tiveram declínio de 4,5%, baixando de 2.411 para 2.303 nestas duas últimas semanas.

Neste caso, a tendência de queda é sustentada desde a última semana de março, que chegou a atingir 3.381 hospitalizações por COVID-19.

Essa é a primeira vez em dois meses que os três indicadores apresentaram queda.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI na Grande São Paulo está em 79,2%. No Estado, o índice é de 81,1%.

“Nós já vínhamos apresentando queda de internações há quatro semanas. É a primeira vez nesse período que temos queda nos óbitos. Esses dados nos trazem alento e esperança”, disse o secretário de Saúde Jean Gorinchteyn.

Vacinas em sp
Importação de insumos será reduzida com nova vacina do Butantan | Foto: Divulgação

Butantan vai testar nova vacina Butanvac

O Estado também anunciou o andamento da Butanvac, vacina que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com um consórcio internacional. O instituto solicitou à Anvisa autorização para início dos testes em humanos da vacina. Em março o Butantan já tinha mandado um dossiê com o desenvolvimento clínico do imunizante. “Será a primeira vacina fabricada integralmente no Brasil, sem a necessidade de importação de matéria-prima”, lembrou o vice-governador Rodrigo Garcia.

A autorização solicitada é para os estudos de fase 1 e 2. O estudo será de comparabilidade: os pesquisadores vão comparar as respostas dessa nova vacina com as demais para demonstrar sua eficiência. A fase inicial vai testar a segurança da vacina, ou seja, os possíveis efeitos adversos relacionados a ela. Depois, vai verificar a imunogenicidade da vacina, a resposta imunológica que ela gera. “Se for superior nesses dois pontos, já poderemos pedir autorização para uso emergencial”, disse Dimas Covas, diretor do Butatan.

O Butantan estima que a fase de estudos deve durar 20 semanas. A partir da 16ª semana os primeiros resultados dos testes devem ser divulgados e o instituto vai poder pedir o uso emergencial do imunizante. Se tudo correr como o esperado, isso deve acontecer em setembro. Até julho o instituto pretende fabricar 40 milhões de doses da vacina que ficarão aguardando autorização da Anvisa para serem aplicadas.

Serviços terão regras mais flexíveis

A partir deste sábado estará liberado o funcionamento do setor de serviços no Estado, incluindo salões de beleza, restaurantes, academias e parques. Os estabelecimentos comerciais, salões de beleza, atividades culturais e restaurantes (consumo local) podem funcionar das 11h às 19h.

As academias podem funcionar durante 8 horas por dia no intervalo entre as 6h e as 19h. Os parques podem funcionar das 6h às 18h.

O toque de recolher das 20h às 5h ainda está em vigor. Os estabelecimentos podem operar com capacidade de 25% e aplicação dos protocolos sanitários. Atividades administrativas não essenciais devem continuar em teletrabalho. (AE)

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