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Cepa nova não é mais infecciosa que o vírus

Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA diz não haver evidências científicas de que variante seja mais perigosa, embora mais contagiosa

Vírus

Autoridades alertam que uso de máscara, isolamento social e testes são medidas indispensáveis enquanto vacina não chega / Foto: Getty Images

O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos informou nesta terça-feira, 22 de dezembro, que, apesar da rápida disseminação, ainda não há evidências de que a nova mutação do coronavírus descoberta no Reino Unido cause sintomas mais graves ou eleve as chances de morte.

“Embora uma variante possa predominar em uma área geográfica, esse fato por si só não significa que a variante seja mais infecciosa”, destacou o órgão, em nota.

“Os cientistas estão trabalhando para aprender mais sobre esta variante para entender melhor como ela pode ser facilmente transmitida e se as vacinas atualmente autorizadas protegerão as pessoas contra ela”, diz o comunicado.

Segundo o Centro de Prevenção, a nova cepa não foi identificada entre os mais de 51 mil sequenciamentos do vírus realizados no país. No entanto, devido ao fluxo elevado de viagens entre as duas regiões, é possível que ela “já esteja nos Estados Unidos sem ter sido detectada”.

BioNTech: vacina é eficaz contra mutação

Conforme informam diversos jornais americanos, como The New York Post, o cientista Ugur Sahin, principal executivo da farmacêutica alemã BioNTech, parceira da americana Pfizer no desenvolvimento de uma vacina, disse estar “confiante” de que o imunizante será eficaz contra a mutação do vírus que está circulando no Reino Unido e outros países.

Sahin, segundo o jornal britânico The Sun, disse que é “altamente provável” que a vacina também vença a variante da covid, acrescentando que a dosagem pode ser adaptada caso necessário.

Mas ele também advertiu que a mutação pode tornar mais difícil que alguns países alcancem a denominada “imunidade de rebanho” contra a covid-19, que se acredita que envolva a inoculação de 60% a 70% da população, de acordo com The Wall Street Journal.

“Se o vírus se tornar mais eficiente na infecção das pessoas, nós podemos necessitar uma proporção de vacinação mais alta para assegurar que a vida normal possa seguir sem interrupção”, disse Sahin.

Fauci toma vacina da Moderna

Nesta quarta-feira foi a vez de o médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas tomar sua primeira vacina, da também em público, em Bethesda, no estado de Maryland.

Fauci, que tomou uma vacina recém-aprovada da farmacêutica Moderna, havia dito de manhã, em entrevista ao programa da rede de TV ABC “Good Morning America”, que a nova cepa do vírus “não é a variação dominante, mas não me surpreenderia se ela já estivesse circulando aqui”, referindo-se aos Estados Unidos.

Para a emissora CNN, Fauci disse que é preciso ficar de olho na nova variação do vírus, mas que “não podemos reagir com exagero”.

(Com AE)

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