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Nova mutação supercontagiosa do coronavírus supera imunidade de vacinas

O coronavírus gerou uma nova mutação supercontagiosa que preocupa os cientistas e já foi detectada na Índia e Estados Unidos

Índia

A última mutação foi vista em vários estados distantes da Índia e parece estar se espalhando mais rápido do que outras variantes | Foto: Getty Images

O coronavírus gerou uma nova mutação supercontagiosa que preocupa os cientistas, pois ganha terreno na Índia e aparece em vários outros países, incluindo os Estados Unidos. Segundo a Associated Press, a variante – chamada BA.2.75 – pode se espalhar rapidamente e contornar a imunidade de vacinas e infecções anteriores.

Não está claro se pode causar doenças mais graves do que outras variantes da ômicron, incluindo a proeminente BA.5. A última mutação foi vista em vários estados distantes da Índia e parece estar se espalhando mais rápido do que outras variantes lá, disse à AP Lipi Thukral, cientista do Conselho de Pesquisa Científica e Industrial do Instituto de Genômica e Biologia Integrativa em Nova Délhi.

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A supervariante também foi detectado em cerca de dez outros países, incluindo Austrália, Alemanha, Reino Unido e Canadá. Dois casos foram identificados recentemente na costa oeste dos EUA, e um terceiro caso nos EUA na semana passada foi identificado.

Enquanto isso, os bloqueios para tentar conter a doença prosseguem na China. Xangai descobriu um caso envolvendo uma a subvariante Ômicron BA.5.2.1, segundo um funcionário, sinalizando as complicações que a China enfrenta para acompanhar novas mutações à medida que segue sua política de “zero-covid”

Já o centro asiático de jogos de azar de Macau fechará todos os seus cassinos por uma semana a partir de segunda-feira e restringirá amplamente as pessoas às suas casas, enquanto tenta impedir um surto que infectou mais de 1.400 pessoas nas últimas três semanas, segundo a AP. Todos os negócios foram ordenados a fechar, exceto supermercados e outros que prestam serviços essenciais. 

Bolsas da Ásia fecham em baixa com nova variante do coronavírus

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira, 11, em meio a preocupações renovadas com a situação da covid-19 na China e após gigantes de tecnologia do país serem multados. Na contramão, o mercado japonês subiu após as eleições legislativas do fim de semana e também impulsionado pela fraqueza do iene.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto caiu 1,27% hoje, a 3.313,58 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,47%, a 2.187,34 pontos. O recente aumento de casos de covid-19 na China e a detecção de uma nova subvariante altamente contagiosa da Ômicron em Xangai desestimularam o apetite por risco.

Em Hong Kong, o Hang Seng sofreu um tombo de 2,77% em Hong Kong, o maior em cerca de um mês, terminando o pregão em 21.124,20 pontos. Os negócios em Hong Kong foram pressionados não apenas pela questão da covid-19, mas também por decisão de Pequim de multar “giant techs” chinesas, por falharem em fazer declarações antitruste apropriadas. A ação do Alibaba despencou 5,8% em Hong Kong e a da Tencent recuou 2,9%.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi teve queda de 0,44% em Seul, a 2.340,27 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,86% em Taiwan, a 14.340,53 pontos.

Exceção, o japonês Nikkei avançou 1,11% em Tóquio nesta segunda, a 26.812,30 pontos, após o governista Partido Liberal Democrata (PLD) e seus aliados vencerem a eleição parlamentar do fim de semana no Japão. O triunfo veio dois dias após o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, um expoente do PLD, ser morto a tiros durante um comício. O Nikkei foi sustentado ainda pela desvalorização do iene, que nas últimas horas atingiu seu menor nível em quase 24 anos em relação ao dólar.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom predominantemente negativo da Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 1,14% em Sydney, a 6.602,20 pontos. (AE)

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