Nova Zelândia proíbe adolescentes de fumar pelo resto da vida
Legislação mais dura contra o tabagismo entre adolescentes tem como meta tornar a Nova Zelância um país livre de cigarros a partir de 2025
09/12/2021A Nova Zelândia avança com uma legislação antitabagista para tentar tornar-se um país sem fumantes em 2025. Os preços vão subir, e a idade legal para fumar aumentará durante os próximos quatro anos.
“Smokefree 2025” é uma política do governo trabalhista neozelandês para tornar a próxima geração livre do vício. O objetivo é que as novas medidas incentivem as pessoas a deixar o tabaco e afastem os mais jovens do hábito.
Nos próximos quatro anos, fumar deverá se tornar inaceitável e inacessível na Nova Zelândia. A futura legislação implica redução da quantidade legal de nicotina nos produtos de tabaco, extinção de lojas de venda, aumento de preços e definição de idade mínima para comprar cigarro, o que aumentará todos os anos.
“Este é um dia histórico para a saúde de nosso povo”, declarou Ayesha Verrall, ministra neozelandesa da Saúde, citada no The Guardian.
As autoridades de saúde da Nova Zelândia afirmam que os fumantes normalmente adquirem o hábito durante a juventude. Atualmente, 11,6% dos neozelandeses de mais de 15 anos fumam, uma proporção que sobe para 29% entre adultos indígenas, segund o governo. Em 2008, o índice era de 18%. Ao impedir que uma geração comece a fumar, as autoridades pretendem evitar cerca de 5 mil mortes por ano ano.
Adolescentes com 14 anos não poderão mais comprar cigarros na Nova Zelândia
“Queremos garantir que os jovens nunca comecem a fumar, por isso consideraremos um crime vender ou fornecer produtos de tabaco para os novos grupos de jovens. Quando a lei entrar em vigor, pessoas com 14 anos nunca poderão comprar tabaco legalmente”, argumentou Verrall.
Para a ministra, é possível erradicar o tabagismo nos próximos quatro anos, mas terá de ser de forma mais radical para ter impacto: “Acredito que estamos no caminho certo para a população europeia da Nova Zelândia. A questão, no entanto, é: se não alterarmos os hábitos firmemente, nunca faremos com que os Maori também alterem – e é nisso que o plano está realmente focado”. (Agência Brasil)