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Nelson Rosamilha

As habilidades mais procuradas nos profissionais do futuro

Estudo do Fórum Econômico Mundial ajuda a entender quais as soft, hard e technical skills mais necessárias em cada segmento do mercado no futuro próximo

Profissionais

Profissional precisa saber quais são as necessidades do mercado e preparar-se para atendê-las com excelência | Foto: Getty Images

O Fórum Econômico Mundial – organização sem fins lucrativos que reúne os principais líderes empresariais e políticos, além de intelectuais e jornalistas, para discutir as questões mais urgentes enfrentadas mundialmente – realizou um estudo chamado The Future of Jobs (o futuro das profissões, em tradução livre), em que analisa o mercado de trabalho no mundo todo, oferecendo um panorama das alterações provocadas pela pandemia de Covid-19 e das competências e habilidades mais essenciais para os profissionais nos próximos anos.

O estudo foi realizado com empresas de diversos setores em 144 países, entre eles o Brasil, e tentou descobrir também quais as profissões que estão em alta, as que devem acabar, as que serão substituídas e as mais necessárias para o futuro próximo.

Entre as habilidades técnicas necessárias para os profissionais dos próximos anos, a pesquisa traz Data Sciences, Gestão e Organização, Big Data, Transformação Digital, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Machine Learning. Como profissional, não é necessário ser especialista nelas, mas entender o conceito das tecnologias e como elas podem resolver os problemas e também trazer novas oportunidades de negócio.

Por outro lado, a pesquisa revela também as profissões com maior chance de ser automatizadas e substituídas em função destas tecnologias, entre elas: operador de computador, secretário e assistente executivo, digitador, operador de telefonia, operador de telemarketing, arquivador, separador e processador de correspondência, faturador, auxiliar financeiro e operador de fábrica. Neste contexto, nós profissionais precisamos procurar sempre a atualização para permanecermos relevantes no mercado de trabalho.

Profissionais de projetos

Uma grande tendência apontada pelo estudo é a transformação cada vez mais acelerada da economia tradicional na chamada economia de projetos. Neste modelo de negócio, o foco principal é o resultado, não mais os processos de entrada e saída de materiais, produtos e serviços nas empresas. Na economia de projetos, as pessoas precisam ter habilidades e capacidades para transformar as ideias em realidade, por meio de projetos bem-sucedidos, entregando valor financeiro e social para todos os envolvidos.

De acordo com o estudo do Banco Mundial, gerente de projetos já é a nona profissão mais importante do mundo, e a 11ª no Brasil. Para uma carreira bem-sucedida nesta área, é necessário um conjunto de competências: pensamento analítico e inovação; aprendizado ativo e estratégias de aprendizagem; resolução de problemas complexos; pensamento crítico, criatividades e iniciativa; liderança e influência social; uso de novas tecnologias (já citadas); programação; resiliência e tolerância; ideação; inteligência emocional; experiência de uso; orientação a serviços; análise de sistemas; persuasão e negociação.

Porém, se faz necessário refletir sobre os impactos das competências e sua aderência a cada tipo de projeto que o profissional está executando (fonte: Revista Gestão e Projetos, Editorial, 2022).

Projetos muito complexos e imprevisíveis exigem “gestão de ambiguidade”, que é saber atuar em um ambiente de alta indefinição; para projetos na construção civil, a competência mais necessária é a vivacidade, saber trabalhar no chão, na rua, na obra, saber conversar com todos, ser sagaz; para projetos com envolvimento governamental, a competência mais importante é a lealdade; enquanto para projetos de consultoria, a credibilidade é fundamental.

Se você quer ser um profissional de projetos diferenciado no mercado, precisa se preparar tecnicamente, mas não pode esquecer das competências e habilidades que o mercado procura para o futuro próximo. Além disso, é necessário analisar se tal competência é aderente ao tipo de projeto sob sua responsabilidade.

Os dados são claros, e as oportunidades estão disponíveis, mas para aproveitá-las o profissional precisa saber quais são as necessidades do mercado e preparar-se para atendê-las com excelência.

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Nelson Rosamilha é coordenador dos MBAs em Gerenciamento de Projetos e Metodologias Ágeis e Logística e Supply Chain da Trevisan Escola de Negócios. É formado em processamento de dados pelo Mackenzie com MBAs na Califórnia, Pensilvânia e Tel-Aviv com ênfase em Administração, Telecomunicações e Gerenciamento de Projetos, mestre em Administração de Empresas pela PUC-SP.

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