Sempre batemos na tecla de que sustentabilidade não tem só a ver com preocupação com o meio ambiente, mas também com o lucro e o futuro do agronegócio. Uma prova disso é que a União Europeia aprovou, em dezembro de 2022, uma nova lei que visa impedir a compra de produtos ligados a áreas desmatadas.
No Brasil, a lei pode atingir o comércio de carne bovina, soja e café, principalmente na questão da rastreabilidade – as empresas precisarão mostrar quando e onde as commodities foram produzidas, além de informações “verificáveis” de que não foram cultivadas em terras desmatadas após 2020.
Para além das controvérsias nacionais, o presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou medidas atualizadas com a demanda europeia, entre elas a criação da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e o restabelecimento do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.
Essas novas ações também devem impulsionar o mercado brasileiro de crédito de carbono, que acaba encontrando no desmatamento um empecilho para o seu desenvolvimento.
Para o agronegócio brasileiro, adotar práticas sustentáveis e se comprometer com a proteção do meio ambiente irá, cada vez mais, abrir portas, além de manter a competitividade do setor.