Petrobras atualiza política de dividendos com novo plano estratégico

A Petrobras (PETR4) divulgou seu novo plano estratégico de cinco anos, incorporando uma curva de produção mais alta e maior investimento, mantendo seu foco em campos de águas profundas e ultraprofundas.

Além disso, a Petrobras também atualizou a política de dividendos, definindo um dividendo mínimo anual de US$ 4 bilhões e dividendos extraordinários, quando a sustentabilidade da companhia for preservada.

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Com isso, o Banco Safra divulgou uma análise sobre o novo direcionamento estratégico da empresa e seus efeitos aos investidores.

De forma objetiva, o Safra diz que os anúncios são positivos. Num cálculo preliminar, o banco vê alta potencial de cerca de 10% ao preço-alvo para PETR4, que atualmente está em R$ 38.

Adicionalmente, o Safra reiterou a classificação de compra para os papéis da petroleira.

Detalhes dos dividendos da Petrobras

Sobre a atualização da política, a Petrobras instituiu que os dividendos mínimos (6% de rendimento a preço atual) perdurarão enquanto o preço médio do Brent estiver acima de US$ 40/barril, deixando a porta aberta para pagamentos adicionais.

Os pagamentos passarão a ser trimestrais, e iguais para ambas as classes de ações (ordinárias e preferenciais)

Eles poderão ser equivalentes a 60% do fluxo de caixa operacional menos capex (investimento em bens de capital) – agora incluindo o pagamento de bônus da rodada de licitações – enquanto a dívida bruta estiver abaixo de US$ 65 bilhões e houver lucro acumulado positivo.

A Petrobras também prevê dividendos extraordinários independentemente do nível de endividamento, desde que preservada a sustentabilidade financeira da empresa.

Foco no pré-sal

A Petrobras pretende manter o foco em campos de águas profundas e ultraprofundas, principalmente no pré-sal, que deverá responder por 79% da produção total ao final de 2026.

As estimativas de produção atualizadas levam em consideração o início até 15 novas plataformas nos próximos cinco anos, seis das quais estão no campo de Búzios, que deverá ter dez plataformas com uma capacidade combinada de 1,8 milhões de bpd (barris por dia), acima dos 600 mil bpd atualmente.

Os campos do pré-sal respondem por 67% do capex total de E&P (incluindo 40% do capex de exploração).

Além disso, a empresa planeja adotar sua nova tecnologia de separação submarina de alta pressão em Mero 3, com início previsto para 2024.

A Petrobras (PETR4) incluiu em seu plano estratégico uma unidade de produção em águas profundas para a bacia de Sergipe, com capacidade de 120 mil bpd e primeiro óleo previsto para 2026.

O plano é também ter uma segunda unidade de produção e um gasoduto ligando as unidades à costa com uma capacidade de 8mn m³ por dia. Espera-se que os ganhos de eficiência melhorem os retornos.

Vale destacar ainda que a estatal passou a analisar potenciais novos negócios para reduzir a exposição aos combustíveis fósseis, com foco no segmento de energia e novos produtos.

O arcabouço para aprovação de novos projetos está sendo montado e nenhum deles está contemplado no plano atual.

Mais detalhes sobre a dívida da companhia podem ser conferidos neste link.

Sobre a Petrobras (PETR4)

A Petrobras (PETR4) atua por meio da capacidade técnica única nos segmentos de exploração e produção de petróleo, refino, gás natural, energia elétrica, logística, comercialização, distribuição, petroquímica, fertilizantes e biocombustíveis.

A Petrobras está presente em 19 países, administrando a exploração de óleo e gás destas áreas.

Através de joint ventures e demais parcerias, as unidades da Petrobras incorporam o mais avançado uso de tecnologia, mantendo-se referência mundial no setor energético.