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Produção de veículos no Brasil tem o pior mês de julho em 18 anos

Dados da Anfavea mostram que foram produzidas 163,6 mil unidades no País, queda de 2% na comparação com junho

Produção de veículos em planta industrial

Desde o início da pandemia, em meses consecutivos, a produção do mês passado só fica acima dos volumes fabricados entre abril e junho de 2020 | Foto: Getty Images

Comprometida pela falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem, a produção de veículos – um total de 163,6 mil unidades no mês passado – caiu 2% em julho na comparação com junho.

Este foi o mês de julho mais baixo na produção de veículos em 18 anos.

Divulgado hoje pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras, o resultado engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Desde o início da pandemia, em meses consecutivos, a produção do mês passado só fica acima dos volumes fabricados entre abril e junho de 2020, quando a chegada da covid-19 chegou a parar toda a indústria automotiva.

Frente a julho de 2020, houve queda de 4,2% na produção total, na soma de todas as categorias.

Com isso, os sete primeiros meses do ano, quando foram fabricados 1,31 milhão de unidades, terminaram com crescimento de 45,8% frente ao acumulado em igual período do ano passado.

Falta de peças ainda afeta a produção de veículos

A falta de peças, mais grave nos componentes eletrônicos, dada a escassez global de chips, voltou a forçar montadoras a suspender a produção de veículos no mês passado.

Neste momento, as paradas continuam em fábricas da Renault e da General Motors (GM), assim como, parcialmente, em linhas da Fiat e da Volkswagen.

Como consequência, faltam modelos nas concessionárias. Embora exista procura de consumidores, as vendas de veículos caíram 3,8% de junho para julho em função de limitação na oferta.

No total, 175,5 mil unidades foram vendidas em julho, volume que praticamente repete, com leve alta de 0,6%, a quantidade do mesmo mês do ano passado, quando o mercado ainda sofria o impacto da chegada da pandemia.

De janeiro a julho, o volume vendido (1,25 milhão de veículos) foi 27,1% superior ao acumulado nos sete primeiros meses de 2020.

Exportações

Do lado das exportações, que têm a Argentina como principal destino, o balanço também é negativo no mês, com queda de 29,1% na comparação com junho e de 18,4% na variação interanual.

As montadoras embarcaram 23,8 mil veículos no mês passado, levando o total acumulado desde janeiro para 223,9 mil unidades: crescimento de 50,7%.

O balanço da Anfavea mostra ainda que a indústria de veículos abriu oito vagas de trabalho em julho – ou seja, estabilidade na ocupação -, fechando o mês com 102,7 mil pessoas empregadas.

A exemplo do que acontece desde o balanço relativo a janeiro passado, a Anfavea segue sem divulgar os números dos fabricantes de tratores e máquinas de construção, também sócios da entidade.

O motivo: revisão de toda a série estatística após o desligamento da John Deere da associação. (AE)

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