Resultado da Cielo melhora, mas rentabilidade tende a se estabilizar
Líder no segmento brasileiro de meios de pagamento, a companhia tem recomendação neutra para suas ações, com preço-alvo de R$ 3
03/02/2022A Cielo (CIEL3) apresentou bons resultados no quarto trimestre de 2021, mostrando recuperação nos volumes, principalmente em transações de cartão de crédito.
O lucro líquido ajustado recorrente da Cielo atingiu R$ 300 milhões, aumento anual de 1% e trimestral de 42%, devido a efeitos sazonais.
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O resultado veio 10% acima das estimativas do Banco Safra, que divulgou análise sobre a companhia.
No relatório, o banco pondera que os rendimentos (yields) do balanço ainda estão pressionados. Com isso, a recomendação neutra para as ações CIEL3 foi mantida, com preço-alvo de R$ 3.
Conforme o Safra, a divisão Cateno – joint-venture com o Banco do Brasil para gestão de contas de pagamentos – continua sendo destaque nos resultados da Cielo.
Mesmo assim, o banco acredita que os resultados recentes confirmam uma recuperação gradual do negócio de adquirência, “pois os volumes parecem estar melhorando”.
A partir de agora, segundo o Safra, a rentabilidade pode se estabilizar, pois não deve sofrer contratempos de alíquotas de Imposto Sobre Serviços (ISS) mais altas, o que indica números melhores pela frente.
Vale a pena investir na Cielo?
- Oportunidades de crescimento no setor;
- Escala de liderança e altos níveis de lucratividade;
- Controlada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil, que são dois dos os maiores bancos do País;
- Forte geração de fluxo de caixa livre;
- Foco na inovação;
- Forte base de dados com informações que podem ser traduzidas em consultoria e receitas de dados.
Quais são os principais riscos de CIEL3?
- Mudanças no ambiente regulatório;
- Taxa de intercâmbio em cartões de débito tem um preço limitado;
- O ambiente competitivo parece se tornar mais difícil;
- Novas tecnologias podem atrapalhar e alterar significativamente os negócios dos adquirentes;
- Risco de crédito e inadimplência.
Sobre a Cielo
A Cielo (CIEL3) foi constituída em 1995, quando Visa, Bradesco, Banco do Brasil, entre outras empresas, se reuniram para operar a marca Visanet no País. A companhia usou esse nome até 2009.
A empresa atua hoje no setor de captura e processamento de transações originadas por cartões de diversas bandeiras, destacando-se Visa, MasterCard, American Express, Diners Club International, Elo, Hiper, entre outras. Está presente ainda no segmento de vouchers, com Alelo e Sodexo.
Atualmente, a Cielo é líder no setor de cartões de pagamento no mercado brasileiro, em termos de volume financeiro de transações.
A Cielo deteve em 2019 participação estimada de 41% do mercado, com movimentação total de R$ 1,7 trilhão, à frente de Rede, GetNet, PagSeguro e Stone, por exemplo.